10/05 DIA DAS MÃES
Durante a gestação, índice de
LDL chega a aumentar até 60% e os filhos cujas mães têm colesterol alto podem
apresentar problemas cardiovasculares em longo prazo
Durante a gestação
o índice de colesterol aumenta naturalmente e pode ficar até 60% maior em
comparação ao período anterior à gravidez. Este fenômeno é normal e acontece
porque a mulher precisa acumular uma reserva maior de energia para a produção
do hormônio progesterona, nutrir o bebê em crescimento na barriga e, depois do
trabalho de parto, poder se reabilitar normalmente.
O colesterol
começa a aumentar por volta da 16ª semana e atinge o ápice aproximadamente na
30ª semana de gestação, mas em alguns casos as grávidas podem apresentar
elevados índices de colesterol antes
deste período, o que implica em possíveis problemas de saúde para a criança. De
acordo com o gerente médico da unidade MIP do Aché Laboratórios Farmacêuticos,
Dr. Carlos Eduardo Travassos, há um estudo feito pela Universidade da
Califórnia, chamado Fate of Early
Lesions in Children, que sinaliza uma predisposição genética entre mãe e filho
para doenças cardiovasculares.
“Há estudos
que sugerem uma maior suscetibilidade à formação de estrias gordurosas e
subsequente aterosclerose em longo prazo em crianças cujas mães tinham
colesterol alto durante a gravidez”.
Por isso, é
essencial que a alimentação seja bastante regrada e que a mulher faça alguns
exercícios físicos, de acordo com as semanas de gestação.
“Praticar
caminhadas, hidroginástica, ioga, bem como comer muitas frutas, legumes,
cereais integrais e evitar alimentos gordurosos, processados ou
industrializados tem papel determinante para a redução do colesterol”, adverte.
Contudo, é importante ter acompanhamento
médico da dieta e da rotina de exercícios para que a grávida tenha toda a
rotina observada de perto e não tenha complicações na gestação.
O
especialista também salienta sobre a utilização de medicamentos e os riscos que
eles podem causar nos bebês.
“Os fármacos
para redução de mau colesterol não podem ser receitados para grávidas, pois
podem causar má formação do bebê e interferir na lactação. Já os fitoesteróis
podem ser recomendados pelo médico que acompanha a gestação, mas sempre com
cautela e aliados ao consumo de frutas e
hortaliças”, esclarece.
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