As expectativas
para o Dia das Mães em 2015 vão contra as opiniões pessimistas que giram em
torno da crise econômica. Conforme apresentado pela Associação Brasileira de
Comércio Eletrônico (ABComm), ao longo deste ano os e-commerces irão faturar,
em média, R$ 81,3 bilhões e tal número supera o dobro do ano passado - R$ 39,5
bilhões. O Dia das Mães será responsável por uma extensa fatia desse
faturamento, considerando a importância expressiva dessa data para o varejo.
No entanto, com o
aumento das vendas crescem também as reclamações pelo mau serviço prestado por
algumas empresas desse ramo. Atrasos na entrega, dificuldade para trocar o
produto e mau atendimento do SAC são os principais problemas relatados pelos
consumidores de acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações de
Defesa do Consumidor (Sindec), do Ministério da Justiça.
Segundo o advogado
especialista em direito digital e empresarial, Luiz Guilherme Mendes Barreto,
sócio do escritório Mendes Barreto e Souza Leite Advogados, para que o
empreendedor evite problemas ao comercializar produtos na web, é preciso educar
o cliente com informações relevantes a respeito do produto ou serviço, entrega,
forma de troca e cancelamento, por exemplo; manter uma boa relação com órgãos
de defesa do consumidor, como o PROCON; além de cultivar uma boa imagem nas
redes sociais e ter boas ferramentas de comunicação com o comprador.
O advogado alerta
que vender na internet pode ser um bom negócio, mas há pontos que tem que ser
bem pensados. "Apesar da grande onda de lojas virtuais (e-commerces)
que invadiram a internet terem deixado uma sensação de negócio informal aos
processos, o comércio eletrônico, em sua essência, é coisa séria", aponta.
"O
comércio digital possui as mesmas características que o tradicional, mas com
uma aparente desvantagem: a falta do olho no olho na hora do compra.
Assim, a preocupação do empreendedor deve ser ainda maior em atender a legislação
nacional, pois isso aumenta sua credibilidade. Vale reforçar também que o
atendimento deve ser não só à legislação do consumidor, mas também a
tributária, societária, etc. Por isso, possuir uma consultoria jurídica desde o
início, é importante para que o empresário evite possíveis problemas
legais", destaca.
Luiz Guilherme Mendes Barreto - Sócio do
escritório Mendes Barreto e Souza Leite Advogados, Luiz Guilherme é graduado
pela Faculdade de Direito das Faculdades Metropolitanas Unidas (UniFMU) e
especialista em Direito Empresarial pela Pontifícia Universidade Católica de
São Paulo (PUC/SP) e em Direito das Novas Tecnologias pelo Instituto
Internacional de Ciências Sociais (IICS/CEU).
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