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domingo, 17 de maio de 2015

OS MALES DOS IMPLANTES ODONTOLÓGICOS PIRATAS





Alta demanda do procedimento gera proliferação do mercado paralelo de componentes que podem ser adquiridos até pelo Facebook

O implante de dentes artificiais é um dos procedimentos odontológicos mais procurados pelos brasileiros. Segundo dados da ABIMO (Associação Brasileira da Indústria de Artigos e Equipamentos Médicos, Odontológicos, Hospitalares e de Laboratórios) 800 mil implantes dentários são realizados, por ano, no país, por pacientes que esperam ter de volta sua mastigação adequada e uma saúde bucal reestruturada. No entanto, essa grande demanda acabou abrindo precedente para um mercado paralelo, na qual as próteses e peças são produzidas ilegalmente, sem registro da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e suscetíveis a causar graves problemas para o paciente, como queda do dente colocado até infecções mais sérias.
Ainda segundo a ABIMO, 30% dos componentes usados em próteses sobre implante são piratas. "O mais preocupante é que há grandes chances de, dentro desses 30% de produtos piratas, estarem inclusos, tanto o implante dentário quanto seus componentes: pinos e parafusos" detalha Hugo Rosin, diretor executivo da DVI Radiologia, empresa especializada em diagnóstico por imagem em Odontologia.
Os riscos de um implante feito com peças piratas são diversos, indo de infecções provocadas por falhas na esterilização até fraturas precoces de implantes ou componentes. Os itens mais fabricados de forma ilegal são as peças dos pinos, geralmente feitas em medidas irregulares que deixam um espaço livre no implante, causando assim o aumento de proliferações bacterianas. Rosin explica que é justamente dessa forma que acontecem os quadros de infecções mais severos. "Produtos de má qualidade não sustentam o impacto gerado pela mastigação, o que aumenta o risco do implante se soltar, obrigando o paciente a realizar um novo procedimento, causando, além de frustação, um prejuízo financeiro", completa o executivo.
Os produtos piratas não são utilizados apenas em clínicas clandestinas. Existem profissionais e clínicas regulamentadas que acabam utilizando esses materiais como forma de redução de custos ou porque não conseguem distinguir se a peça é falsificada. O paciente pode suspeitar quando começa a sentir dores ou certos incômodos depois de ter um dente artificial implantado. "É importante notar se restos de comida ficam acumuladas por baixo da prótese, pois isso é um sinal de que há um espaço ali, ou seja, podendo ser um indicativo de peça pirata", informa Rosin.
O mercado de produtos odontológicos ilegais é tão amplo que próteses, implantes, bráquetes, fios ortodônticos, luvas, resinas e cimentos podem ser adquiridas, sem qualquer dificuldade, até mesmo pelas redes sociais, como o Facebook. "A venda obrigatória de produtos com identificação da ANVISA é uma das reivindicações mais pragmáticas. Além disso, o registro de todas as peças que o paciente recebeu no implante, incluindo o código de identificação, também ajudaria no combate à pirataria. Dessa forma, o paciente sempre vai saber a procedência das peças tem em seu dente artificial", aponta Rosin.
O diretor executivo da DVI Radiologia Odontológica elenca algumas dicas ao paciente que pretende se submeter a esse tratamento:

1 - Procure saber se o cirurgião-dentista escolhido para realizar o tratamento possui registro no Conselho Regional de Odontologia (CRO) de seu estado.

2 - O barato muitas vezes sai caro. Não procure tratamentos apenas pelo custo. Tente unir qualidade com uma proposta financeira que se enquadre em seu bolso.

3- Procure saber sobre a durabilidade do tratamento e sobre possíveis manutenções para não ser surpreendido no final.

4 - É fundamental a realização do exame radiológico odontológico para identificar se o implante possui algum produto ou peça pirata. Uma das maneiras do cirurgião-dentista constatar a diferença entre a versão alternativa e a original é observando o desenho (formato) do implante na radiografia.

5 - O sucesso do tratamento depende de um conjunto de fatores: um bom exame clínico, diagnóstico por imagem adequado, planejamento detalhado, materiais de qualidade e um profissional capacitado.

A DVI Radiologia
Fundada em 2005, a DVI - Diagnóstico Volumétrico por Imagem - é uma empresa especializada em diagnóstico por imagem em Odontologia. A empresa nasceu com o objetivo de contribuir para a melhoria do cotidiano dos cirurgiões-dentistas, estendendo seus benefícios para pacientes de diversas especialidades odontológicas.

Contando com clínicas 100% digitais, em treze cidades do interior de São Paulo (Cajamar, São Carlos, Ribeirão Preto Centro e Ribeirão Preto, Fernandópolis, Araraquara, São José do Rio Preto, Franca, Barretos, Pirassununga, Sertãozinho, Catanduva e Votuporanga), a DVI possui estrutura moderna, com equipamentos de última geração para a realização de exames odontológicos por imagem. A tecnologia utilizada pelos equipamentos da empresa confere menor dose de radiação e garantem altíssima precisão, segurança e previsibilidade nos tratamentos, tanto por meio da Radiologia Digital, como também através da Tomografia Volumétrica.

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