MÃE CALMA, FILHO TRANQUILO!
Ansiedade na gravidez pode afetar a saúde
do bebê
Médicos e psicólogos sugerem que o estado emocional dos
pais pode influenciar na saúde física e emocional dos filhos. No caso das
mulheres, quadros de ansiedade são muito frequentes e prejudiciais, e seu
aparecimento varia muito com o período da vida em que se encontram. Estima-se,
por exemplo, uma incidência aproximada de 20% de sintomas de ansiedade na
gravidez, que é uma nova etapa em suas vidas e que traz muitas mudanças e
expectativas.
Apesar de ser uma sensação bastante comum nesse
momento, os médicos alertam que, quando a ansiedade no período pré-natal é
excessiva, pode fazer mal ao bebê. Estudos têm sugerido que a
presença da ansiedade nesse período pode afetar negativamente o desenvolvimento
do feto, uma vez que leva a diversas alterações hormonais e também predispõe as
mulheres a comportamentos de risco, como fumar e comer em excesso.
Mas o que fazer para se
manter calma durante essa fase tão especial da vida? Para a ansiedade leve,
existem várias medidas que podem ajudar as gestantes. “Dentre as principais
estão as técnicas de relaxamento, treinamento de respiração abdominal,
meditação, acupuntura e yoga. Já as mulheres que apresentam os sintomas de
maneira intensa, somente um médico pode encaminhá-la ao tratamento mais
indicado e avaliar sua real necessidade” pontua o gerente médico da unidade MIP
Aché, Carlos Eduardo Travassos.
A SAÚDE DO BEBÊ
Um estudo publicado pela Society for Reserch in
Child Development (associação norte-americana multidisciplinar, que reúne
cientistas e profissionais de diversas áreas de vários países) concluiu que a
ansiedade materna no período pré-natal pode ter um papel no desenvolvimento
neurocomportamental das crianças. Esse estudo analisou 71 mulheres normais e
seus 72 primeiros filhos, durante a gravidez e após o nascimento até a faixa
etária de 8/9 anos. Os cientistas sugeriram que o período entre a 12ª e a 22ª
semanas de gravidez seria particularmente vulnerável, ou seja, a ansiedade da
mãe durante esse período estaria associada à maior ocorrência de desordens na
infância nas idades de 8 a 9 anos.
Esse estudo e outros da mesma natureza buscam reforçar
uma teoria científica conhecida como programação fetal. Segundo essa
teoria, o feto poderia ser programado durante o seu desenvolvimento
intrauterino para desenvolver doenças na vida adulta. Cada vez mais evidências
têm sustentado a ideia de que distúrbios ocorridos em períodos críticos podem
determinar alterações permanentes de longo prazo na fisiologia da criança.
A partir dessa teoria, alguns estudos têm sugerido a
associação da presença de ansiedade na gravidez e a ocorrência de partos
prematuros e baixo peso de nascimento. Outros têm apontado para uma possível
relação do estresse e da ansiedade com distúrbios de comportamento das crianças
em idades mais avançadas. É possível que nos próximos anos esses estudos sejam
reforçados por novas pesquisas, que esclareçam os mecanismos envolvidos nessas
associações.
Aché
Laboratórios -www.ache.com.br - www.facebook.com/achelaboratorios
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