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segunda-feira, 27 de junho de 2022

Perigos do uso excessivo do celular durante a infância

O vício em internet pode causar disfunções sociais e mentais em adultos e crianças


Em um mundo cada vez mais conectado, o acesso à internet se mostra não apenas uma ferramenta essencial para estudos, trabalho e outras atividades ligadas à produção, mas também atraente pela facilidade em encontrar algo que as pessoas gostam: entretenimento. Na infância, a exposição excessiva às telas prejudica os estímulos necessários ao desenvolvimento e aumenta o risco de déficits cerebrais. 

A rápida acessibilidade a esses "momentos de prazer" pode levar a uma repetição e consequente dependência do uso dos aparelhos eletrônicos. Estudos mostram que 89% da população entre 9 e 17 anos está online (dados publicados pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil), um número que passa dos 24 milhões de jovens e crianças. A professora e psicóloga do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Caxangá, Larissa Oliveira, aponta os perigos de deixar as crianças sem regras no uso dos aparelhos eletrônicos.  

"Além de problemas - como dificuldade de sono, falta de sociabilidade e agressividade, exposição a conteúdos que as crianças não têm maturidade emocional para lidar, o uso desses aparelhos pode acarretar transtornos psicológicos como os de ansiedade, bulimia, anorexia e depressão. Estes transtornos podem aparecer associados com ideações e tentativas de suicídio, além de comportamentos autoagressivos como se cortar, arrancar os cabelos, roer as unhas até causar ferimentos", conta Larissa. 

E como tudo isso fica na questão da educação? Várias instituições têm utilizado a tecnologia durante as aulas. Além disso, existe uma quantidade considerável de conteúdo gratuito na internet que pode ser uma boa opção de ensino complementar. Apesar das vantagens, especialistas afirmam que não é saudável substituir completamente os livros pela internet ou, em outros termos, o analógico pelo digital.  

"Os eletrônicos devem ser vistos como aliados no processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança e do adolescente, mas precisam ser apresentados de forma consciente. Diante disso, em pré-escolares, o uso de telas deve ser o mínimo possível, inserindo a criança em atividades além das telas (jogos educativos, narração de histórias e atividades lúdicas com envolvimento social). Para crianças mais velhas e adolescentes, o gerenciamento do tempo de uso, juntamente com atividades extracurriculares que promovam a interação social, cultural e esportiva, são alternativas ao uso excessivo de telas", conclui a psicóloga.


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