O inverno chegou e junto com ele sintomas comuns da estação, como coriza, congestão, dor de garganta e espirros. Tendo em vista o histórico pandêmico que tivemos nos dois últimos anos em todo o mundo, torna-se cada vez mais importante saber as principais diferenças entre uma gripe causada pelo tempo ou pela Covid-19.
Para o otorrinolaringologista, Mohamad
Feras Al-lahham, membro da Doctoralia, e mestre em clinica cirurgica pela
UFPR, é muito difícil diferenciar crises de sinusite e gripe, de sintomas da
COVID-19, já que todas essas doenças respiratórias começam, na maioria das vezes,
com o mesmo quadro. “Os médicos precisam examinar todo o sistema respiratório
para entender quais são os sintomas que prevalecem. Se o caso analisado
apresentar pus, por exemplo, provavelmente será uma infecção bacteriana. Sendo
assim, precisa outro tipo de tratamento, que pode também ser uma superinfecção
bacteriana de uma infecção viral ou até covid, justamente por isso, não podemos
descartar a importância do teste”, afirma.
Segundo dados divulgados pelo sistema
InfoGripe, da Fiocruz, a partir de registros realizados pelo Ministério da
Saúde, somente nos quatro primeiros meses de 2022 o aumento de casos da
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças de 0 a 11 anos foi de 43%
em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a pneumologista, alergista e imunologista, Larissa Cau, outra especialista presente na plataforma Doctoralia, para se prevenir de doenças infecciosas respiratórias como essas, é preciso continuar o protocolo do uso de máscaras adequadas, que cubram nariz e boca e lavar as mãos com água e sabão com frequência, sempre que necessário. “O ideal é manter as doenças respiratórias crônicas, alérgicas e não alérgicas (rinite, asma, DPOC - doença pulmonar obstrutiva crônica) bem controladas e evitar aglomerações. Prefira ambientes arejados e bem ventilados, sem mofo”, completa.
Desde o último mês é
crescente o registro de casos positivos de Covid-19 no Brasil. A Associação
Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) auferiu um aumento de
219% no número total de casos positivos de Covid-19 após testagens em farmácia,
entre a 1ª semana de maio e a 2ª semana de junho. Segundo o levantamento,
somente entre os dias 6 e 12 de junho, mais de 29% de todos os testes de
farmácia registrados pela associação deram positivo, representando cerca de 67
mil dos 229 mil atendimentos.
Diante desses dados, outro ponto relevante é saber quais testes de farmácia são realmente válidos. Para Mohamad, os testes rápidos são eficazes, mas não podem ser comparados com a precisão de um PCR. “O teste rápido é indicado para pessoas com sintomas muito fortes de Covid. Se der positivo está correto, mas no caso de negativo, já não podemos ter tanta certeza”, afirma.
Além de saber a eficácia de testes e como diferenciar os tipos de doenças, outro assunto muito comentado no dia a dia, e que deve ganhar mais relevância no inverno, são os famosos remédios caseiros. “É preciso evitar formulações de receitas não prescritas por médicos, pois muitas podem ter ingredientes tóxicos e até micro-organismos potencialmente lesivos à saúde. Lembre que tomar bastante água ajuda na recuperação dos quadros virais agudos, evitando a desidratação e outras complicações. Na dúvida, consulte seu médico”, completa a pneumologista Larissa.
Por fim, caso alguém
esteja com sintomas, é indicado o isolamento, separação dos utensílios para a
pessoa usar sozinha, sem compartilhar nenhum tipo de item pessoal.
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