Estados Unidos, Canadá e países da Europa começaram a implementar uma vacinação de bloqueio utilizando a vacina contra varíola para evitar o espalhamento da monkeypox, a varíola dos macacos. No Brasil, o imunizante ainda não está disponível e seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), não haverá vacinação em massa, apenas a de bloqueio para os contactantes, ou seja, para aquelas pessoas que tiveram contato com alguém infectado.
A
varíola dos macacos é uma doença viral e endêmica na África Central e
Ocidental. Os casos confirmado no Brasil são justamente de ´pessoas que
viajaram recentemente para países que fazem parte destas regiões.
A
Dra. Ana Karolina Marinho, membro do Departamento Científico de Imunização da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI),
conta que os sinais e sintomas da varíola dos macacos são febre, dor de cabeça,
dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Ainda
não há tratamento específico para a infecção. “A incubação do vírus é de 6 a 13
dias, podendo chegar a 21 dias. O período de transmissão da doença termina
quando as lesões na pele desaparecem”, explica a especialista da ASBAI.
OMS
– Como resultado de muitas pesquisas, vacinas mais seguras e
eficazes foram desenvolvidas para a varíola, chamadas de segunda e terceira
geração, das quais algumas podem ser úteis para a varíola dos macacos. Porém,
segundo a OMS, apenas a MVA-BN foi aprovada para a prevenção da varíola dos
macacos até o momento.
“O fornecimento dessas vacinas mais
recentes é limitado e ainda se discute as estratégias de acesso a esses
imunizantes”, conta Dra. Ana Karolina.
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