Mais de 2,8 bilhões de dados sensíveis
foram expostos no país no ano passado. Especialista recomenda formas de
proteger dados na saúdeFreepik
A privacidade e a segurança parecem mais discutidas do que nunca e os dados se tornaram ouro -- mas, infelizmente, também para os golpistas. Na área da saúde, cibercriminosos buscam brechas para se apossarem de dados de pacientes, clínicas e profissionais. Segundo dados da Check Point Research divulgados no início deste ano, golpes virtuais na saúde aumentaram 64%. O segmento é o segundo alvo preferencial dos cibercriminosos, ficando atrás apenas do varejo.
Em uma visão macro, o Brasil lidera o ranking de vazamentos de dados no mundo. Apenas no ano passado, mais de 2,8 bilhões de dados sensíveis foram expostos, colocando o país pelo segundo ano seguido na primeira posição mundial, de acordo com o “Relatório de Atividade Criminosa Online no Brasil''.
Na área da saúde, dados pessoais do
paciente, como número de telefone, e-mail e informações sensíveis como condição
de saúde, estilo de vida, orientação sexual e ainda informações genéticas e
biométricas são ativos valiosos para golpistas. Os hackers, além de monitorarem
dados de hospitais e planos de saúde, estão atentos a aplicativos de
healthtechs e plataformas de telemedicina.
“Todas essas ferramentas contam com diversos links nas cadeias de acessos e podem proporcionar facilidade para hackers e brechas de segurança cibernética. Se ocorrido, os vazamentos de dados podem gerar prejuízos incalculáveis, pois se trata de uma gama de informações sensíveis que podem ser usadas para, por exemplo, acesso ao perfil de redes sociais, tentativas de empréstimos, envio de links fraudulentos e até acesso a contas bancárias”, revela Luis Albinati, CEO e fundador da Vitalicia, plataforma de comunicação que promove engajamento, fidelização e aumenta a satisfação dos pacientes de clínicas.
Grandes vazamentos de dados de saúde já ocorreram recentemente no país, prejudicando milhares de pacientes. Exemplo disso foi o vazamento de dados do Ministério da Saúde, que deixou milhões de dados expostos.
“Mesmo com a Lei Geral de Proteção de
Dados (LGPD), empresas do setor de saúde no país não contam ainda com a devida
segurança. O investimento na privacidade de informações focada na tecnologia é
tido como desnecessário por muitas organizações. Com isso, cada vez mais
empresas tendem a ser vítimas de ataques cibernéticos e alvo de penalizações”,
revela o executivo.
Enquanto as incertezas sobre o tratamento de dados por parte de algumas empresas persistem, Albinati ressalta que algumas boas práticas podem ser adotadas para proteger informações e evitar golpes cibernéticos. Veja as dicas do especialista:
- Prestar atenção na hora de conceder permissões e no tipo de
informação que está sendo coletada ao acessar algum serviço pela internet;
- No início do atendimento hospitalar, solicite acesso à
visualização dos dados que foram coletados;
- Utilize sistemas criptografados e com ativação em dois passos
durante pesquisas na internet;
- Mantenha cuidados gerais de segurança, como uso de senhas
seguras, autenticação de contas em várias etapas, entre outros.
Vitalicia - plataforma de comunicação que oferece soluções personalizadas para clínicas, médicos e pacientes.
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