terça-feira, 30 de abril de 2019

Excesso de açúcar aumenta em até 17% o risco de algumas doenças


Nutricionista alerta sobre os perigos dos alimentos industrializados


De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 15 anos, a quantidade de açúcar na composição dos alimentos processados dobrou. Nunca se consumiu tanto açúcar como ultimamente. Os dados mostram que, entre sachês, colheradas e alimentos industrializados, o brasileiro consome diariamente cerca de 150 gramas de açúcar. A recomendação da OMS é de 25 gramas por dia, algo em torno de seis colheres de chá.
Já está mais do que provado que o excesso de açúcar e a má alimentação estão diretamente ligados a desequilíbrios na saúde, como alteração no sangue, nos níveis de colesterol e triglicérides, que estão associados diretamente às doenças cardiovasculares. Além do aumento dos níveis de glicose, associados à resistência insulínica e diabetes, alterações nos níveis de pressão arterial, acúmulo de gordura que levam à obesidade, além de alguns tipos de câncer.
A nutricionista da Clínica Ana Carolina Sumam, Adriana Magalhães, ressalta que o alerta vale para todos, até mesmo para quem está em dia com a balança.
“Estudos evidenciam que a carga glicêmica elevada pode aumentar em até 17% o risco de doenças cardiovasculares. Os alimentos industrializados são os principais vilões para o consumo exagerado do açúcar, muitas vezes extraídos da cana de açúcar, da beterraba ou do milho”, diz.
A quantidade de açúcar presente nos alimentos industrializados está associada a altas concentrações de nutrientes inflamatórios, conhecidos como mediadores do processo de aterosclerose, que também é a chave para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares.
De acordo com a nutricionista, tentar excluir totalmente o açúcar da alimentação é algo difícil. Ele está presente em vários alimentos de forma oculta, principalmente nos produtos industrializados. O sabor salgado engana, mas o açúcar está lá: no pão, nos molhos prontos, sopas, biscoitos, ketchup, entre outros.
“Para não ultrapassar os níveis seguros de consumo, o ideal é educar o paladar e não consumir bebidas e alimentos ainda muito doces. Fica cada vez mais evidente que uma alimentação rica em frutas, verduras, legumes e cereais integrais trazem enormes benefícios à saúde”, orienta Adriana.

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