Na Europa, EUA ou mesmo no Brasil, pais estão deixando
de vacinar as crianças com medo de supostos efeitos colaterais graves; veja e
siga o calendário básico de vacinação infantil
Em alguns países, muitos pais estão deixando de vacinar
seus filhos com medo de eventuais efeitos colaterais graves e supostas sequelas
irreversíveis que poderiam ser causadas pelas vacinas. Com isso, um grande
surto de sarampo tomou conta da Itália e outras nações europeias. Só neste ano,
o Ministério da Saúde italiano já registrou 1.500 casos da doença. Além da
Europa, o “movimento antivacina” – que ganhou força após um estudo fraudulento
publicado em prestigiada revista científica – recebe adesões também nos EUA e
no Brasil.
Diante deste cenário,
especialistas alertam para a importância da vacinação infantil. Para Alfredo
Passalacqua, infectologista do Hapvida Saúde, as vacinas contribuem
para que o organismo induza uma resposta ao sistema imunológico a fim de se
proteger de diversas doenças infecciosas que podem até levar ao óbito, como a
tuberculose, hepatite A, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, doenças
causadas por Hemófilo B, poliomielite, rotavirose, doença pneumocócica, doença
meningocócica, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, febre amarela, influenza
(gripe), raiva humana e HPV.
“O
que as vacinas fazem é se passarem por agentes infecciosos de forma a estimular
a produção de nossas defesas, por meio de anticorpos específicos contra o
‘inimigo’. Assim, elas ensinam o nosso organismo a se defender de forma eficaz.
Aí, quando o ataque de verdade acontece, a defesa é reativada por meio da
memória do sistema imunológico. É isso que vai fazer com que a ação inimiga
seja muito limitada ou, como acontece na maioria das vezes, totalmente
eliminada, antes que a doença se instale”, explica o infectologista.
Ainda de acordo com o especialista, as crianças que não
são vacinadas estão expostas às doenças graves que podem ocasionar sequelas
físicas e mentais irreversíveis, como a paralisia infantil e meningite. Sendo
assim, é recomendado que o calendário de vacinação seja seguido rigorosamente
desde o nascimento da criança.
“Para proteger as crianças
de um número maior de doenças, é fundamental seguir o calendário de vacinação,
em qualquer idade. O calendário é construído para obedecer à maturidade do
organismo, ou seja, à dose certa na idade em que o seu sistema imunológico
consegue produzir determinados anticorpos. Caso a criança tenha perdido o
momento da vacinação, deverá ser aplicada em outra oportunidade”, alerta.
O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de
Vigilância em Saúde, desenvolve desde 1971 o Programa Nacional de Imunização
(PNI), que define normas e estabelece o calendário básico de vacinação
para crianças, adultos e idosos, incluindo a imunização contra doenças.
Veja e siga o calendário básico
de vacinação da criança
·
Ao nascer: Vacinas BCG-ID (dose única – tuberculose)
e hepatite B (1ª dose – hepatite B)
·
1 mês: Vacina contra Hepatite B (2ª dose –
hepatite B)
·
2 meses: Vacinas Tetravalente (1ª dose – difteria,
tétano, coqueluche e meningite), VOP – Vacina Oral Contra a Pólio (1ª dose
– paralisia infantil), Vacina Oral de Rotavírus Humano (1ª dose –
diarreia por rotavírus).
·
4 meses: Vacinas Tetravalente (2ª dose – difteria,
tétano, coqueluche e meningite), VOP – Vacina Oral Contra a Pólio (2ª dose
– paralisia infantil), Vacina Oral de Rotavírus Humano (2ª dose –
diarreia por rotavírus).
·
6 meses: Vacinas Tetravalente (3ª dose – difteria,
tétano, coqueluche e meningite), VOP – Vacina Oral Contra a Pólio (3ª dose
– paralisia infantil), hepatite B (3ª dose – hepatite).
·
9 meses: Vacina contra a Febre Amarela (dose
inicial – febre amarela)
·
12 meses: Vacina Tríplice Viral (dose única –
sarampo, rubéola e caxumba).
·
15 meses: Vacinas: VOP – Vacina Oral
Contra a Pólio (reforço – paralisia Infantil) e DTP – Tríplice Bacteriana (1º
Reforço – difteria, tétano e coqueluche).
·
4 a 6 anos: Vacinas: DTP – Tríplice Bacteriana (2º
Reforço – difteria, tétano e coqueluche) e SRC – Tríplice Viral (reforço –
sarampo, rubéola e caxumba).
·
10
anos:
Vacina contra a Febre Amarela (reforço – febre amarela)
Nenhum comentário:
Postar um comentário