Temos
assistido desde a posse do 45º presidente dos Estados Unidos da América, Donald
Trump, uma profusão de análises sobre sua personalidade e comportamento.
Trump
tem proporcionado atentarmos para as habilidades e competências que parece
possuir (seu lado ‘luz’), bem como para a forma com que lida com as exigências
e pressões internas e externas (seus ‘desafios’) evidenciada em seus
comportamentos (seu lado ‘sombra’).
Alguns
comportamentos exibidos por ele têm demonstrado ser potencialmente capazes de
afetar sua eficácia e de abalar a qualidade de seus relacionamentos, minando
sua competência de liderança. E estamos falando do líder máximo de uma nação!
Mas poderíamos estar falando de um profissional como nós.
Independente,
autoconfiante e ambicioso (lado ‘luz’), Trump parece ignorar os pedidos dos
outros e irritar-se quando insistem, mostrando-se teimoso e não cooperativo
(lado ‘sombra’).
Com
extremada habilidade para os negócios, já que se tornou um homem dos mais
bem-sucedidos dos EUA, Donald Trump é resolvido em suas convicções (lado
‘luz’), mas parece não procurar as opiniões alheias e, consequentemente, pode
ser levado a perder informações e ideias importantes que lhe cheguem através
das pessoas (lado ‘sombra’).
Trump
mostra ser altamente interessado em atividades empolgantes. É confiante,
disposto a lidar com missões difíceis, é uma pessoa cheia de energia e
destemida (lado ‘luz’). Só que diante destas espetaculares competências, muito
desejadas em todas as organizações, é provável que tome as próprias decisões,
que possa desprezar ou não admitir erros, que ignore a agenda dos outros e que
busque focar exclusivamente em seus objetivos e prioridades (lado ‘sombra’).
Ele
deveria ter cuidado especial com este lado ‘sombra’, tal como nós em nossas
empresas – e na vida –, pois parece desaguar em um comportamento de arrogância
onde se demonstra uma perspectiva inflada sobre as próprias competências e
valor.
Trump é
um grande tomador de riscos, mostrando sentir-se confortável quando é confrontado
com desafios e escolhas que acarretam ousadia e incertezas (lado ‘luz’). Além
disso, é intensamente orientado para a ação, estabelecendo metas elevadas para
si e para os outros, dispondo-se a trabalhar duro para atingi-las (lado ‘luz’).
Em
contrapartida, a paixão que demonstra por conquistar seus objetivos parece ser
acompanhada por um jeito direto e até rude (lado ‘sombra’), colocando tensão em
seus relacionamentos e desmotivando aqueles a quem deveria inspirar e
influenciar positivamente.
Por
consequência, sua habilidade interpessoal, que se estabelece na construção e
manutenção dos relacionamentos, pode ficar abalada, prejudicando a construção
da boa reputação, a promoção do moral das pessoas e a administração dos
conflitos.
Vemos,
então, que o profissional Donald Trump ao ser uma pessoa ativa, cheia de
vitalidade e automotivada pode promover intensidade e propósito numa
organização. Pode transformar o hoje, pois tem clareza de seus objetivos e da
força que possui para alcançá-los. Pode levar os que estão à sua volta ao
futuro, uma vez que enxerga as oportunidades e sabe como criá-las e
executá-las.
Que
Donald Trump saiba aproveitar seu lado ‘luz’ e vencer o seu lado ‘sombra’,
assim como nós que podemos decidir de ‘que lado’ queremos estar.
Marcia Vazquez - Coach certificada pela ICC –
International Coach Community, graduada em Psicologia, MBA em Gestão de
Pessoas, Pós-Graduada em Gestão de RH com especialização em Análise
Transacional e Gestora do Capital Humano / Educação Corporativa da Thomas Case
& Associados, tradicional consultoria de carreiras com 40 anos de mercado
em constante inovação.
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