Conselho Brasileiro de Oftalmologia aponta que até 2020
o número de deficientes visuais deve aumentar devido as consequências de maus
hábitos alimentares e doenças crônicas
A
saúde ocular sempre esteve sujeita a alterações causadas por diversos fatores,
no entanto três deles são decisivos. O estilo de vida, o diagnóstico tardio
e a falta de tratamento podem ser considerados as principais causas da cegueira,
isso porque, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 80% de
todas as causas de deficiência visual são preveníveis ou curáveis, dessa
forma, a ausência de uma alimentação equilibrada e da prática de atividade
física também são grandes responsáveis pela manutenção da visão.
Assim
como podem influenciar negativamente, os hábitos alimentares também são armas
que devem ser usadas na prevenção e controle de diversas enfermidades oculares,
como o edema macular diabético, a degeneração macular da retina por
idade e a oclusão da veia central da retina. A seguir
concentramos mais informações sobre cada uma delas:
EDEMA MACULAR DIABÉTICO (EMD)
A
doença é caracterizada pelo acúmulo de líquido na mácula, localizada na parte
central da retina, o que leva à perda de visão gradual, mas de forma acelerada.
“O edema macular diabético é o acúmulo de liquido na região central da
retina devido ao aumento dos níveis de açúcar no sangue e que ocasiona a perda
de acuidade visual de forma progressiva. Essa é uma consequência muito comum do
diabetes descontrolado, e por isso sempre observamos o paciente diabético mais
de perto”, reforça o doutor Acácio Muralha Neto, Presidente da Sociedade
Brasileira de Retina e Vítreo.
De
acordo com um levantamento da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD),
realizado em 2017, o Brasil ocupa a 4ª posição entre os países com maior
prevalência de diabetes, isso quer dizer que 13,7 milhões de brasileiros
estão mais suscetíveis ao risco de desenvolver o EMD.
DEGENERAÇÃO MACULAR DA RETINA RELACIONADA A IDADE (DMRI)
É
degeneração da mácula ocasionada pelo envelhecimento. Essa deterioração causa
uma diminuição da visão com a presença de uma mancha central no campo de
leitura. Segundo estimativas da Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO),
aproximadamente 3 milhões de brasileiros acima dos 65 anos sofrem com a DMRI.
Pacientes que ao longo da vida se expuseram a uma grande quantidade de radiação
solar, que levam uma dieta rica em gordura e são tabagistas também estão
suscetíveis a alteração.
OCLUSÃO DA VEIA CENTRAL DA RETINA (OVCR)
No
caso da OVCR, há uma interrupção no fluxo sanguíneo da principal veia
responsável por alimentar a retina, o que pode causar hemorragias e alterações
no fundo do olho, comprometendo o campo visual do indivíduo. É comum que a
perda da visão seja repentina e em apenas um dos olhos. “Durante a avaliação
clínica é muito comum ouvir que aquele paciente tem outras doenças crônicas
como a alteração da pressão arterial ou diabetes, e é nesse momento que ele
percebe a influência que os hábitos saudáveis podem impactar na capacidade de
enxergar”, informa o especialista.
A
progressão da OVCR é fortemente induzida pela hipertensão e alto colesterol,
mas a diabetes e o glaucoma também são fatores de risco importantes. A
Sociedade Brasileira de Hipertensos (SBH) afirma que 33% da população é
hipertensa, e, portanto, este grupo de pessoas estão na zona de riscos de
desenvolver a OVCR.
Independentemente
de qual for o distúrbio ocular, levar um estilo de vida saudável é essencial
para a o controle e prevenção do agravamento dessas doenças. “A partir do
momento em que o paciente é diagnosticado com o EMD ou a OVCR, por exemplo, é
recomendado que haja uma mudança nos hábitos. Para isso, o acompanhamento com
nutricionista e a prática de atividade física, além do encaminhamento para o
especialista na doença crônica diagnosticada, são essenciais para o sucesso da
administração dos distúrbios que estão contribuindo para a perda visual e,
consequentemente, para a saúde ocular”, explica Neto.
Quando
o paciente é diagnosticado com alguma enfermidade, o tratamento indicado tem
como função interromper a progressão da doença e restaurar, quando possível, a
visão perdida. O uso de terapias como o Aflibercepte (EYLIA®, da Bayer), por
exemplo, é uma forma de tratamento inovadora que previne a cegueira
potencialmente desenvolvida pela EMD, DMRI e OVCR. O uso do medicamento se faz
por meio de aplicações intraoculares que atuam diretamente na área afetada.
Bayer: Science For A Better Life
(Ciência para uma Vida Melhor)
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