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domingo, 30 de abril de 2017

Ar seco, típico do Outono, ocasiona mais doenças respiratórias e nos ouvidos




Dra. Tanit Ganz Sanchez, presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), explica quais são as principais doenças nos ouvidos durante o Outono e o que dever ser feito para evitá-las


O ar muito seco, comum do Outono, e misturando com as variações de  temperaturas provoca muitas doenças respiratórias em crianças, adultos e idosos. Como por exemplo, as Otites, que são infecções virais ou bacterianas que provocam dor de ouvido, perda de audição e, às vezes, até zumbido.
Pesquisas mostram que 90% das crianças têm pelo menos uma otite até os dois anos de idade e o pior: quando a otite fica grave, o tímpano pode perfurar de tanta secreção acumulada; nesses casos, começa a vazar pus pelos ouvidos, aumentando a perda auditiva.


Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista, com doutorado e livre-docência pela FMUSP, presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), explica como ocorrem essas Otites e os seus tipos: “As otites médias costumam ser complicações de gripes e resfriados, ou seja, de problemas que primeiro acometem o nariz e a garganta. Como ha uma ligação entre os ouvidos (tuba auditiva), os vírus ou bactérias podem passar para o ouvido e causar a otite. Existem dois tipos de Otites: a do inverno, chamada de Otite Média e a do Verão, chamada de Otite externa”


Entenda porque o nariz é tão atingido com as mudanças de temperatura: 


Segundo a Dra. Tanit Ganz Sanchez também fundadora do Instituto Ganz Sanchez, primeiro centro de diagnóstico e tratamento de zumbido na América Latina, o nariz fica ruim nessa época por dois três motivos:

A temperatura:  O frio diminui os movimentos dos pelos que ficam dentro do nariz. Com isso, eles deixam de expulsar os agressores naturais do meio ambiente e a defesa do corpo fica prejudicada, pois eles não conseguem expulsar os agentes irritantes tão bem como antes.

Falta de umidade suficiente: Com o ar seco, diminuiu a hidratação normal das mucosas (revestimento interno do nariz, da boca e dos ouvidos). Assim, essa mucosa sofre uma irritação e começa a produzir muco. Esse muco no nariz provoca a rinite e a sinusite, já na garganta provoca a faringite e nos ouvidos, a otite. Por isso as infecções costumam chegar juntas.

Amplitude térmica: São as grandes mudanças de temperatura que ocorrem no mesmo dia ou de um dia para o outro, ou seja, a temperatura pode até ou mais que 10 graus. Esse choque térmico também pode fazer com que as implicações das vias respiratórias apareçam rapidamente.


Como proteger sua família das doenças respiratórias:

Como as doenças respiratórias Oites, Rinites, Sinusites, Faringites e Amigdalites costumam piorar no inverno, aDra. Tanit lista algumas dicas simples e práticas para proteger a família:  

- Colchão: vale a pena forrar e expor ao sol frequentemente.

- Travesseiro: sempre forrados e lavados a cada 15 dias; evite aqueles que são feitos de penas de aves ou de ervas.

- Roupas de cama: orienta-se a lavagem com água quente (>70ºC) e cobri-las com colcha. Troque cobertores por edredons porque acumulam menos poeira e agressores do nariz.

- Guardar objetos que acumulem pó, como bichos de pelúcia, livros e brinquedos. Quanto menos mobília no quarto nessa época, melhor.

- Carpetes: precisam e muita manutenção: aspirar regularmente com filtro de ar HEPA (High Efficiency Particulate Air) e usar acaricidas. Por isso, o melhor é evitar os carpetes e usar pisos de cerâmica, vinil ou madeira.

- Cortinas: também juntam muito pó. Se possível, evitar usá-las ou lavá-las a cada 15 dias.

- Outros: infelizmente, os pelos de animais domésticos como cães e gatos são fontes constantes de doenças respiratórias, além da fumaça de cigarros, mesmo quando somos fumantes passivos, ou seja, estams no mesmo ambiente em que outras pessoas fumam. Sempre que possível, use filtros ou desumidificadores de ar.






Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela USP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez, Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), Criadora da Campanha Nacional de Alerta ao Zumbido (Novembro Laranja) e do Grupo de Apoio Nacional a pessoas com Zumbido (GANZ). Assumiu a missão de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias. É especialista em Zumbido, Hiperacusia, Misofonia, Fonofobia e Distúrbios do Sono. 




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