Jovens separam envolvimentos amorosos da carreira e preferem não
criar vínculos afetivos no ambiente de trabalho, segundo pesquisa
Romances no mercado de trabalho muitas
vezes são mal vistos pelos empregadores. Afinal, nem sempre o relacionamento é
administrado do melhor modo e alguns acabam extrapolando. Pensando nesse tema,
entre os dias 20 e 31 de março, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios,
questionou: “Você já namorou pessoas do seu trabalho?”. O resultado surpreende.
Com um total de 37.653 participantes,
de 15 a 26 anos, a maior parte, representada pela esmagadora parcela de 89,09%,
alegou não ter esse tipo de atitude. “Onde se trabalha nunca há espaço para
isso” recebeu 33.546 votos. Para Greici Daniel, analista de treinamento do
Nube, isso é explicado pelo fato de o jovem estar cada vez mais preocupado com
a carreira: “buscam a todo momento adquirir conhecimentos e habilidades para se
desenvolverem”. Segundo ela, “muitos conseguem separar o lado pessoal do
profissional e preferem não se envolver amorosamente no local corporativo”.
Para tanto, comportamentos capazes de
favorecer alguém ou a existência de protecionismo devem ser eliminados. “Caso
haja mágoas ou até mesmo ressentimentos entre as partes no rompimento da
relação, é fundamental deixar de lado qualquer tipo de sentimento negativo e se
empenhar para manter o foco na produtividade”, sugere Greici.
Na sequência, “namorar não, apenas
fiquei” recebeu 5,69% (2.143). Para a analista de treinamento, “do ponto de
vista dos entrevistados, ‘ficar’, por ser algo momentâneo, é um ato aceito com
mais facilidade pela equipe. É repentino e passageiro, não necessitando de
maiores preocupações e tampouco impactando na produtividade ou comprometendo o
seu rendimento”, afirma.
Há também quem "tem vínculos
e não revelou aos demais", como apontam 2,78% (1.046 dentre os jovens
consultados). “Por medo da exposição, isso pode ocorrer. Muitos têm receio de
serem julgados e criticados. Além disso, é necessário maturidade para lidar com
esse fato no cotidiano e com as eventuais consequências”, pondera a analista.
Já outros 520 não tiveram tanto sucesso, pois “o clima ficou ruim depois”,
escolha de 1,38%. Nesses casos, o principal é manter a inteligência emocional e
o jogo de cintura. “Todos os assuntos devem ser tratados de maneira profissional”,
indica Greici.
Por fim, 1,06% dizem ser o mundo dos
negócios “o melhor lugar para fazer relacionamento”, opinião dos 398 restantes.
Como passam cada vez mais tempo no escritório, rodeados por outros
funcionários, é comum surgirem afinidades. “Muitas vezes falta tempo para
saírem e conhecerem lugares diferentes e gente nova. Mesmo sabendo das
dificuldades de seguir com essa relação, elas estão dispostas a encarar o
desafio sem medo. Sobretudo, é preciso ter muita cautela”, finaliza a
especialista.
Fonte: Greici Daniel -
analista de treinamento do Nube.
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