Jocelyne Harari e Nancy Potter, voluntárias da
Feambra contam um pouco sobre experiências que já tiveram com trabalho
voluntário e como é a rotina desse tipo de ofício por aqui.
Elas estão na instituição há seis meses, são
aposentadas e descobriram a Feambra no Centro de Voluntariado de São Paulo. Um
dos assuntos abordados em nosso bate-papo foi a importância do voluntariado na
sociedade.
Confiram!
Feambra: Jocelyne e Nancy, vocês são
paulistanas? Quais as formações de vocês?
Jocelyne Harari: Sou de Alexandria, no Egito e,
quando tinha dois anos, mudei com a minha família para Paris, onde moramos por
cinco anos, e depois viemos para o Brasil e aqui ficamos.
Estudei Comunicação Visual e sou pós-graduada em
História da Arte. Os dois cursos foram feitos na Faap. Já palestrei sobre
Gaudi, Picasso (meu favorito), entre outros artistas e movimentos que influenciaram
a arte no mundo.
Nancy Potter: Nasci em São Paulo e sempre morei
aqui. Fiz faculdade de Ciências Sociais, na PUC e pós-graduação em Direito, na
USP.
F: Contem-nos sobre as experiências de vocês
com trabalho voluntário.
J.H.: Meu primeiro trabalho voluntário foi como
contadora de histórias, na pediatria do Instituto de Infectologia Emílio Ribas,
durante dois anos. Depois trabalhei por seis meses na ONG “Viva e Deixe Viver”,
do Hospital Sírio-Libanês.
N.P.: Trabalhei como contadora de histórias para menores
de rua e também em projetos do Estado para tirar crianças das ruas. Um deles
era para fazer pão.
F: O que aprenderam com o trabalho
voluntário?
J.H.: Esse tipo de trabalho é gratificante e nos
faz crescer. Já vi muita superação das pessoas e conheci lindas histórias. Você
passa a dar valor a coisas mais simples e começa a refletir mais sobre como
ajudar o próximo e como essa troca de bagagem é importante para sua evolução.
N.P.: Quando você estimula crianças, jovens e
adultos a conhecerem a arte, por exemplo, ajuda a despertar interesses e
capacidades. Você também aguça o seu próprio olhar, aprofunda seu
conhecimento. Assim, amplia horizontes e contribui para
o desenvolvimento do outro.
F: Como está sendo a experiência aqui na Feambra?
Quais são as principais funções de vocês aqui?
J.H.: Muito rica! Nós começamos entrando em contato
com museus do Estado de São Paulo, uma listagem de aproximadamente 600
instituições, mas o retorno era pequeno. O Museu do Circo, em Taubaté, por exemplo,
não existe mais ou não tem mais gente em sua administração. Hoje, a Feambra
está com o cadastro de contatos do Ibram atualizado. Até dezembro, falamos com
vários museus para informar sobre as oficinas de formação de associações de
amigos de museus para o Estado de São Paulo.
N.P.: Dedicar tempo à educação e à divulgação da
cultura é um trabalho surpreendente. Você desperta nas pessoas interesses que
estavam adormecidos ou nunca tinham sido tocados. Descobre um mundo imenso de
museus que nunca ouviu falar. É maravilhoso, mas ao mesmo tempo triste, porque
vê que em alguns lugares a cultura ficou sem pessoas para cuidar dela. Estamos
organizando a biblioteca da Feambra, catalogando as obras. É um trabalho
gostoso e o fato de conhecermos os conteúdos dos livros nos ajuda
bastante.
Saiba mais sobre os benefícios do trabalho voluntário e confira a publicação feita pelo centro de voluntariado de São Paulo, disponibilizada no banco de voluntários Feambra, aqui http://feambra.it.art.br/como-administrar-voluntarios/.
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