A fluência em outras línguas
é requisito fundamental para alcançar excelência em diversas profissões
A
capacidade de ler, escrever e interagir em inglês é um dos elementos de maior
destaque nos pré-requisitos em processos seletivos de grandes empresas e
multinacionais. Há muito a habilidade deixou a categoria "desejável"
e passou a ser uma condição indispensável, pois representa a oportunidade de um
preparo mais qualificado quanto aos estudos e pesquisas acadêmicas e
profissionais, além
de ampliar os horizontes culturais.
Embora
a fluência no idioma ainda seja uma deficiência entre os brasileiros, apenas o
domínio da língua inglesa, não garante o destaque e excelência em todas as
carreiras. O sucesso acadêmico e uma boa colocação no mercado de trabalho podem
depender também da compreensão de outros idiomas.
Para
Cassiano Soares, coordenador de idiomas do Centro Europeu, uma das principais
escolas de profissões e idiomas da América Latina, ser trilíngue ou poliglota
significa que o indivíduo possui uma visão de mundo muito mais ampla.
"Falar outros idiomas garante o acesso a inúmeros conteúdos internacionais
sem depender da tradução. Se você estuda Moda e domina o idioma italiano, por
exemplo, poderá acessar uma infinidade de materiais teóricos de extrema
relevância para o segmento, que muitas vezes nem chegam ao Brasil. Assim como a
língua francesa para a gastronomia, o alemão para filosofia e artes. O
aproveitamento é muito maior", afirma.
Além
disso, as oportunidades de intercâmbios estudantis são muito maiores.
"Diversas instituições educacionais europeias e asiáticas investem em
programas de graduação e pós-graduação para estrangeiros. E todas exigem níveis
avançados de conhecimento em seus respectivos idiomas", detalha Cassiano.
A
construção de uma rede de contatos internacional também pode ser bastante
favorecida. Segundo a Ethnologue, instituição linguística responsável por
catalogar os idiomas do planeta, as línguas mais faladas do mundo são na
verdade o Mandarim, muito importante para o mundo dos negócios, já que a China
é uma das maiores potências econômicas mundiais, e o espanhol, idioma oficial
de mais de 20 países e muito pertinente para os brasileiros, visto que é a
principal língua da América do Sul e falada por mais de 160 milhões de pessoas
na América do Norte.
Quanto antes melhor
Uma
pesquisa realizada pela EF Education First no final do ano passado classificou
o Brasil na categoria "proficiência baixa em inglês", ocupando a 41ª
posição entre os 70 países avaliados. Para Cassiano, os dados são preocupantes.
"É preciso correr atrás do prejuízo e eliminas as barreiras de
comunicação. O ideal é que o estudante ou profissional comece com o aprendizado
do inglês, em seguida identifique outro idioma de maior relevância em sua área
de atuação e passe a estudá-lo também. No núcleo de idiomas do Centro Europeu,
sempre ouvimos histórias de pessoas que procuram a escola, porque perderam oportunidades
de promoções no trabalho ou viagens ", completa.
Centro Europeu
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