Entenda
se você precisa de esfoliação caseira, ácidos ou peeling de diamante
Fazer
um peeling na pele nada mais é que descamá-la com o objetivo de retirar as
células envelhecidas e mortas, que já sofreram a ação do tempo e não estão mais
trabalhando como deveriam, por isso o tratamento é eficaz para remover manchas,
cicatrizes da acne e combater a oleosidade excessiva. Há também os peelings que
estimulam a produção de colágeno, sendo os mais indicados para tratar rugas
superficiais e flacidez. O procedimento é realizado principalmente no rosto,
mas colo, pescoço e mãos também podem ser submetidos ao tratamento. A principal
vantagem da técnica está na melhora da aparência da pele, que ganha viço e
brilho. Mas para cada problema de pele existe um tipo de peeling mais indicado.
Existem
peelings químicos e peelings físicos. A diferença entre esses dois tipos é a
forma como é feita a descamação da pele. Os químicos são feitos com ácidos e os
físicos realizam uma espécie de lixamento em contato com a pele. Entre os
peelings físicos estão a esfoliação caseira, o peeling de cristal e o de
diamante. Já para os peelings químicos são usados ácidos como o retinoico e o
salicílico.
Qualquer
pessoa pode fazer peelings, mas sempre com a intensidade adequada, no caso dos
peelings físicos, ou concentração correta dos ácidos, no caso dos químicos.
Para cada caso existe uma possibilidade. Confira a seguir qual é o peeling mais
recomendado para o seu problema de pele.
Pele
sem brilho
Sua
pele está com aspecto cansado, sem brilho ou sem viço, mas não tem nenhum
problema mais importante, como acne ou oleosidade? Esse problema acontece
quando a camada de células envelhecidas já está muito espessa. Para controlar o
problema, é recomendável a esfoliação em casa, com sabonetes esfoliantes
específicos para o rosto. A esfoliação em casa pode ser feita no máximo duas vezes
por semana, caso a frequência seja maior a pele pode acabar ficando muito
sensível”, explica. Essa é uma boa pedida principalmente para mulheres que já
passaram dos 35 anos: “aos 20 anos, a renovação celular é feita naturalmente a
cada 28 dias – após os 35 ela pode demorar até 45 dias para acontecer.
Pele
oleosa
A
melhor opção para peles oleosas é o peeling químico à base de ácido salicílico.
Essa substância é especialmente eficaz na regulação da produção de oleosidade
pelas glândulas sebáceas da pele. O ácido salicílico também é muito utilizado
pela sua ação queratolítica, ou seja, ele promove afinamento da pele, aliviando
cicatrizes e rugosidades. O peeling com ácido salicílico gera ardor leve na
aplicação, mas é bastante seguro para qualquer tipo de pele. Como qualquer
substância irritativa, o uso do ácido salicílico deve ser monitorado para
evitar traumatizar a pele. Deve-se monitorar também a associação com outros
produtos irritantes. Esse tipo de peeling pode ser feito uma vez por semana, a
cada 15 dias ou de acordo com a recomendação profissional.
Pele
com cravos
O
ácido retinoico (também chamado de tretinoína ou de vitamina A ácida) é
considerado padrão ouro no tratamento da acne grau 1, que apresenta-se como
cravos inflamados. Por suas propriedades de afinar a pele e por aumentar a
renovação celular, pode realmente produzir resultados terapêuticos excelentes.
Por causar danos ao feto durante a gestação, o ácido retinoico é um medicamento
que precisa de receita médica, é encontrado em produtos em concentrações desde
0,01 até 0,1%. Pode ser preparado em formulações manipuladas receitadas pelo
especialista nas mais diversas concentrações e utilizado no consultório para
peelings químicos até 5%. O peeling com ácido retinoico é praticamente indolor
e tem ótima aceitabilidade pelos pacientes. Ele pode ser combinado com peelings
físicos, como o peeling de cristal e o peeling de diamante, para que seus
efeitos sejam otimizados. O uso do ácido retinoico deve ser monitorado para
evitar traumas à pele. Deve-se monitorar também a associação com outros
produtos também irritantes. Pelo seu efeito de afinar a pele, torna-a mais
suscetível aos danos causados pela radiação ultravioleta.
Recomenda-se evitar
exposição excessiva ao sol. A frequência do peeling deve ser de 15 em 15 dias
ou de acordo com a recomendação médica, porém o uso do medicamento em casa pode
ser diário, conforme a indicação do especialista.
Pele
com acne
A
pele com acne pode ter bons resultados com o peeling de jessner. A solução de
jessner associa ácido salicílico, ácido lático e resorcina. O ácido salicílico
ajudará no controle da oleosidade, além de ter ação queratolítica, afinando a
pele e amenizando a aparência da acne; a resorcina é um eficiente antisséptico,
ou seja, impede a proliferação das bactérias na pele; o ácido lático, por sua
vez, ajuda na esfoliação da pele. Essa solução pode ser usada em acnes de todos
os graus, mas sempre com indicação médica e com frequência também determinada
pelo médico. Esse tipo de peeling é considerado superficial, ou seja, remove
apenas a epiderme, camada mais externa da pele, portanto os cuidados são mais
simples. A indicação é evitar exposição solar e usar filtro solar com FPS
mínimo de 30 e preferencialmente físico, que penetra menos na pele, reduzindo as
chances de irritação e ardor.
Pele
com cicatrizes de acne
O
peeling químico também pode ajudar a amenizar cicatrizes de acne, mas nesse
caso os efeitos devem ser mais profundos, uma vez que as cicatrizes da acne são
também mais profundas, originadas na derme, a segunda camada da pele. Nesse
caso, a indicação é o peeling com ácido tricloroacético 30% ou com fenol
(fórmula de Baker). Esses dois peelings retiram toda a epiderme – a camada
externa da pele – e agem profundamente na derme, amenizando bastante a cicatriz
de acne. Nesse caso, será preciso ficar de três a sete dias em casa, pois a
pele estará muito sensível. Durante esse período devem ser usados produtos
cicatrizantes recomendados pelo médico e protetor solar físico, que, por reagir
menos com a pele, tem menos chances de causar irritação ou ardor.
Pele
com fotoenvelhecimento
Pele
com fotoenvelhecimento Existem dois tipos de envelhecimento da pele: o
cronológico, causado pela ação natural do tempo, e o fotoenvelhecimento,
causado pela ação de fatores ambientais, principalmente a radiação ultravioleta
do sol. Ao penetrar na pele, os raios UV atingem a derme profunda, causando
danos ao colágeno que resultam em flacidez, manchas, rugas e textura mais
áspera da pele. Para tratar o fotoenvelhecimento severo é necessário que seja
feito um peeling químico mais profundo, que vai agir até a derme profunda,
camada em que penetram os raios UV. O peeling com ácido tricloroacético 30% ou
fenol retira quimicamente as camadas envelhecidas pela ação do sol – epiderme,
derme superficial e parte da derme profunda – e estimula a formação de uma pele
nova. Com isso, haverá a produção de colágeno novo, que tomará o lugar do
colágeno danificado, em consequência haverá melhora da flacidez e do tônus da
pele, além de melhora sutil das rugas. A descamação da pele ajudará a disfarçar
discretamente as manchas mais profundas, enquanto as sardas, que são mais
superficiais, podem melhorar significativamente. A renovação celular melhorará
a textura da pele. Vale lembrar que os cuidados após a aplicação desse tipo de
peeling, mais profundo, são indispensáveis: use os produtos cicatrizantes
recomendados pelo profissional, filtro solar químico – que causa menos
irritação e ardor - e fique de três a sete dias de repouso em casa.
Pele
ressecada
Uma
boa opção para quem tem pele ressecada e precisa de hidratação é associar um
peeling físico, como o peeling de cristal ou diamante, à aplicação de cosmético
com ácido hialurônico. O ácido hialurônico age atraindo moléculas de água para
perto dele, daí a ação hidratante. No entanto, para que ele faça efeito, é
necessário que suas moléculas sejam de baixo peso molecular, portanto capazes
de atravessar a barreira da pele. A remoção da camada superficial da pele
permite que ele aja ainda mais profundamente na pele, otimizando os resultados.
O tratamento com ácido hialurônico deve ser acompanhado de proteção solar com
FPS mínimo de 30 com reaplicação de duas em duas horas.
Pele
com manchas
No
caso das manchas de pele mais profundas, chamadas de melasmas, existem opções
que podem ser mais eficientes que o peeling, como o laser ou o uso diário de
ácidos clareadores, por exemplo. Mas para as sardas e melanoses, manchas
localizadas na camada mais superficial da pele, o peeling físico é uma boa
opção. O ideal é que o peeling de diamante ou de cristal remova toda a
epiderme, chegando até a derme superficial, clareando as manchas.
Pele
com rugas
As
rugas finas são marcas mais profundas e por isso têm um benefício discreto com
o uso do peeling. O benefício ocorre principalmente quando, junto ao peeling, é
feito uso de cosméticos que agem suavizando as linhas de expressão, como o
retinol e as vitaminas A e C.
Pele
com flacidez
A
esfoliação promovida pelo peeling estimula a produção de colágeno, a principal
proteína responsável por dar forma, estrutura e sustentação à pele. Logo após
um peeling físico leve, como o peeling de cristal, a pele fica mais viçosa e
firme. No entanto, em casos de flacidez mais pronunciada o peeling terá
resultado muito discreto. Também é importante diferenciar a flacidez da pele da
flacidez muscular, caso em que o peeling não trará qualquer benefício.
Dra.
Valquiria Meira – fisioterapeuta dermatofuncional Fisioterapeuta, especializada
em carboxiterapia nas disfunções estéticas corporais e faciais, criolipólise
método de resfriamento controlado - ambos pelo colégio brasileiro de
biomedicina e com formação internacional
em advanced therapy, segue tendências do
mercado de saúde e beleza, e está em constante atualização e aprimoramento. Com
experiência na área de treinamento e elaboração de protocolos em conceituadas
marcas do segmento, atua com tratamentos personalizados associando tecnologia e
dermocosméticos para uma estética de resultado.
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