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quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Nódulos na Tireoide: Vivemos uma epidemia



  Cerca de 50% das mulheres acima dos 50 anos são diagnosticadas com o problema. Punção e cirurgia são algumas das opções de investigação e tratamento


Cerca de 50% das mulheres acima dos 50 anos, quando avaliadas por ultrassom, são diagnosticadas com nódulos na tireoide. Porém, em aproximadamente 90% dos casos os nódulos são benignos.

Segundo o cirurgião de cabeça e pescoço do Centro de Nódulos de Tireoide do Hospital Samaritano, Dr. Antonio A. T. Bertelli, “quanto mais avançada for a medicina, mais nódulos conseguiremos diagnosticar”. Hoje em dia, o câncer de tireoide já se encontra entre as dez neoplasias malignas mais frequentes em mulheres brasileiras, e o especialista completa: “A incidência do câncer de tireoide tem progredido em parte devido ao aumento no diagnóstico. Hoje em dia fazemos mais exames cada vez mais precisos e detectamos nódulos cada vez menores. Mas é preciso saber o que fazer com eles, apenas uma minoria precisa de cirurgia”.

Assim, o especialista destaca que o nódulo de tireoide não é uma doença que requer cirurgia sempre e não necessariamente está relacionado ao câncer.

Com o aumento da idade, a frequência de nódulos tireoideanos entre as mulheres continua a crescer, até que em centenárias, a presença de nódulos na tireoide ao exame de ultrassom é regra, e não exceção. A maioria das mulheres não sabe que o nódulo está lá porque muitas não tiveram o hábito de fazer exames de rotina durante grande parte das suas vidas.

Como diagnosticar?

Quando o nódulo tem até três centímetros, costuma ser assintomático (sem dor, desconforto, mudanças físicas visíveis ou qualquer outro sintoma). A melhor forma de avaliar a glândula tireoide em relação à presença de nódulos é através da ultrassonografia, um exame simples e rápido.
Como este exame tem sido realizado cada vez mais na rotina da mulher adulta, muitas vezes solicitado pelo ginecologista entre os exames anuais, têm-se descoberto tumores cada vez menores, que podem ser tratados precocemente.

Outro exame utilizado na investigação de alguns nódulos tireoideanos, além da ultrassonografia, é a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), indicado para diferenciar o nódulo benigno do maligno. Porém o exame possui limitações e pode levar a cirurgias desnecessárias em caso de dúvida no diagnóstico. Não há necessidade de realizar este procedimento em todos os casos, apenas quando indicado pelo especialista.

A punção tenta identificar o tipo de nódulo através das células que são extraídas pela aspiração, mas é diferente de uma biópsia. Nódulos pequenos, dependendo da sua localização na glândula, podem ser muito difíceis de ser puncionados. Para indicar corretamente a PAAF, o médico especialista utiliza vários critérios que vão desde fatores de risco que podem estar presentes no passado do paciente, passando por familiares que eventualmente tiveram câncer de tireoide, até características clínicas na palpação e ultrassonográficas de cada nódulo em questão.

O tumor maligno mais comum da tireoide é o carcinoma papilífero, e este, quando diagnosticado precocemente, apresenta excelentes taxas de cura.

No primeiro Centro de Nódulos de Tireoide do país, o Hospital Samaritano de São Paulo conta com atendimento especializado – endocrinologistas e cirurgiões de cabeça e pescoço especialistas em Tireoidologia para atendimento simultâneo, além de toda infraestrutura necessária para exames laboratoriais, de imagem e tratamento multidisciplinar, em mesmo local. O serviço oferece ainda reuniões multidisciplinares com a participação de oncologistas, médico nucleares e todos os especialistas necessários para que o melhor resultado para o paciente seja alcançado.

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