Cerca de 50% das mulheres acima dos 50
anos são diagnosticadas com o problema. Punção e cirurgia são algumas das
opções de investigação e tratamento
Cerca
de 50% das mulheres acima dos 50 anos, quando avaliadas por ultrassom, são
diagnosticadas com nódulos na tireoide. Porém, em aproximadamente 90% dos casos
os nódulos são benignos.
Segundo
o cirurgião de cabeça e pescoço do Centro de Nódulos de Tireoide do Hospital
Samaritano, Dr. Antonio A. T. Bertelli, “quanto mais avançada for a medicina,
mais nódulos conseguiremos diagnosticar”. Hoje em dia, o câncer de tireoide já
se encontra entre as dez neoplasias malignas mais frequentes em mulheres
brasileiras, e o especialista completa: “A incidência do câncer de tireoide tem
progredido em parte devido ao aumento no diagnóstico. Hoje em dia fazemos mais
exames cada vez mais precisos e detectamos nódulos cada vez menores. Mas é
preciso saber o que fazer com eles, apenas uma minoria precisa de cirurgia”.
Assim,
o especialista destaca que o nódulo de tireoide não é uma doença que requer
cirurgia sempre e não necessariamente está relacionado ao câncer.
Com
o aumento da idade, a frequência de nódulos tireoideanos entre as mulheres
continua a crescer, até que em centenárias, a presença de nódulos na tireoide
ao exame de ultrassom é regra, e não exceção. A maioria das mulheres não sabe
que o nódulo está lá porque muitas não tiveram o hábito de fazer exames de
rotina durante grande parte das suas vidas.
Como
diagnosticar?
Quando
o nódulo tem até três centímetros, costuma ser assintomático (sem dor,
desconforto, mudanças físicas visíveis ou qualquer outro sintoma). A melhor
forma de avaliar a glândula tireoide em relação à presença de nódulos é através
da ultrassonografia, um exame simples e rápido.
Como
este exame tem sido realizado cada vez mais na rotina da mulher adulta, muitas
vezes solicitado pelo ginecologista entre os exames anuais, têm-se descoberto
tumores cada vez menores, que podem ser tratados precocemente.
Outro
exame utilizado na investigação de alguns nódulos tireoideanos, além da
ultrassonografia, é a punção aspirativa por agulha fina (PAAF), indicado para
diferenciar o nódulo benigno do maligno. Porém o exame possui limitações e pode
levar a cirurgias desnecessárias em caso de dúvida no diagnóstico. Não há
necessidade de realizar este procedimento em todos os casos, apenas quando
indicado pelo especialista.
A
punção tenta identificar o tipo de nódulo através das células que são extraídas
pela aspiração, mas é diferente de uma biópsia. Nódulos pequenos, dependendo da
sua localização na glândula, podem ser muito difíceis de ser puncionados. Para
indicar corretamente a PAAF, o médico especialista utiliza vários critérios que
vão desde fatores de risco que podem estar presentes no passado do paciente,
passando por familiares que eventualmente tiveram câncer de tireoide, até
características clínicas na palpação e ultrassonográficas de cada nódulo em
questão.
O
tumor maligno mais comum da tireoide é o carcinoma papilífero, e este, quando
diagnosticado precocemente, apresenta excelentes taxas de cura.
No
primeiro Centro de Nódulos de Tireoide do país, o Hospital Samaritano de São
Paulo conta com atendimento especializado – endocrinologistas e cirurgiões de
cabeça e pescoço especialistas em Tireoidologia para atendimento simultâneo,
além de toda infraestrutura necessária para exames laboratoriais, de imagem e
tratamento multidisciplinar, em mesmo local. O serviço oferece ainda reuniões
multidisciplinares com a participação de oncologistas, médico nucleares e todos
os especialistas necessários para que o melhor resultado para o paciente seja
alcançado.
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