Os transtornos mentais
têm figurado nas listas das causas mais frequentes de afastamento do trabalho.
Entre eles está o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), caracterizado pela
presença de pensamentos obsessivos e compulsões.
Dra. Renata
Bataglin, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica
que estes pensamentos “invadem” a pessoa com frequência, independentemente de
sua vontade. “O indivíduo acometido por esse transtorno acredita que o único
jeito de se ver livre desses pensamentos – e desta ansiedade – é realizar o
ritual da compulsão, como por exemplo, checar se a porta esta trancada girando
a chave três vezes. Ele acredita ainda que, se não agir deste modo, algo muito
ruim pode acontecer”.
Segundo a
médica, os rituais podem se desenvolver em qualquer área como limpeza,
checagem, simetria, contagem, organização, entre outros, e podem tomar
proporções catastróficas na vida da pessoa e de seus familiares.
O principal
sintoma do TOC é a presença de pensamentos obsessivos, que levam à realização
de um ritual compulsivo para aliviar a ansiedade. “Caso sofra destes
pensamentos, o indivíduo deve passar o quanto antes por uma consulta com um
psiquiatra, que fará uma avaliação e indicará o tratamento adequado”,
esclarece.
É importante
ressaltar que o transtorno pode acometer crianças a partir dos três, quatro
anos de idade. Por este motivo, é fundamental que os pais fiquem atentos a
qualquer manifestação de rituais compulsivos. “Infelizmente as pessoas demoram
muito para procurar ajuda e, portanto, a maior parte dos casos é diagnosticada
na idade adulta. E quanto mais tempo passar até o início do tratamento, mais
grave a doença pode se tornar.”
Em adultos, o tratamento mais eficiente consiste na
associação de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos) com a psicoterapia.
Dra. Renata alerta para o fato de que o paciente deve manter o tratamento após
a melhora inicial dos sintomas, uma vez que há um alto índice de recidiva, ou
seja, de recaídas.
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