A população sempre tem esperança que a economia caminhe para que o cenário
fique favorável para todos, porém 2015 já começou com notícias que não
surpreendem, mas que causam pavor e decepcionam tanto as pessoas, quanto
empresários. Aumento da gasolina, aumento de impostos, veto de correção de
imposto de renda, dificuldades para benefícios de trabalhadores e por aí vai.
Começo explicando a questão do imposto de renda, que afeta
diretamente as pessoas físicas. O Congresso Nacional aprovou em dezembro de
2014 o reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física
(IRPF), o objetivo dos parlamentares era garantir a correção da tabela pela
inflação e com isso pessoas que recebem até R$ 1.903,98 teriam direito a
isenção. Na prática esse veto significa dizer que o governo está, nas
entrelinhas, aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros.
Atualmente o teto de isenção é de R$ 1.787,77.
Ainda falando em aumentos é preciso preparar o bolso, já que nessa
semana o governo apresentou um pacote de medidas que aumentará os valores de
combustíveis, cosméticos, produtos importados e operação de créditos.
A partir de 1º de fevereiro entram em vigor as novas taxas exercidas
no Brasil. A intenção do governo é "reequilibrar a economia com o objetivo
de aumentar a confiança e o entendimento dos agentes econômicos", como
disse o Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Ou seja, para arrumar a bagunça
da casa é preciso castigar o outro lado, confiança dos agentes econômicos,
desconfiança da população.
Os anúncios divulgados nesta semana trazem aumentos nas alíquotas de
PIS/COFINS e nas Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre
o combustível, que deve gerar um aumento de R$0,22 sobre o litro da gasolina e
R$0,15 para o valor do diesel. A Petrobras já avisou que vai repassar esses
acréscimos para o preço de venda nas refinarias, ou seja, teremos o efeito
cascata: as distribuidoras vão encarecer os valores e os postos repassarão essa
alta ao consumidor. É estimado pelo mercado uma elevação entre 7 e 8% no preço
da gasolina. E claro, o brasileiro passará a procurar o etanol, que também deve
ter um reajuste, empurrando os preços para cima.
Entre as outras
medidas anunciadas está o restabelecimento da alíquota do o Imposto sobre
Operações financeiras - IOF - sobre operações de crédito, que passam de 1,5%
para 3%.
De acordo com o Ministro Joaquim Levy o IPI sobre os cosméticos não
deve ser repassado para os preços finais, mas é preciso estar atento.
E para finalizar todo o pacote na tentativa de estimular a concorrência em
favor do mercado interno, a medida provisória eleva a alíquota de PIS/COFINS de
9,25% para 11,75% sobre a importação, em uma tentativa de deixar de afetar a
competitividade nacional.
O impacto de todas essas medidas anunciadas visa resultar em uma
arrecadação extra de R$ 20,6 bilhões ao longo de 2015.
Dr. Luciano Duarte Peres - especialista em direito
financeiro, presidente da Comissão de Direito Bancário do Instituto dos
Advogados de Santa Catarina e presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor Bancário
A população sempre tem esperança que a economia caminhe para que o cenário
fique favorável para todos, porém 2015 já começou com notícias que não
surpreendem, mas que causam pavor e decepcionam tanto as pessoas, quanto
empresários. Aumento da gasolina, aumento de impostos, veto de correção de
imposto de renda, dificuldades para benefícios de trabalhadores e por aí vai.
Começo explicando a questão do imposto de renda, que afeta
diretamente as pessoas físicas. O Congresso Nacional aprovou em dezembro de
2014 o reajuste de 6,5% da tabela do Imposto de Renda para Pessoa Física
(IRPF), o objetivo dos parlamentares era garantir a correção da tabela pela
inflação e com isso pessoas que recebem até R$ 1.903,98 teriam direito a
isenção. Na prática esse veto significa dizer que o governo está, nas
entrelinhas, aumentando o imposto de renda a ser pago pelos brasileiros.
Atualmente o teto de isenção é de R$ 1.787,77.
Ainda falando em aumentos é preciso preparar o bolso, já que nessa
semana o governo apresentou um pacote de medidas que aumentará os valores de
combustíveis, cosméticos, produtos importados e operação de créditos.
A partir de 1º de fevereiro entram em vigor as novas taxas exercidas
no Brasil. A intenção do governo é "reequilibrar a economia com o objetivo
de aumentar a confiança e o entendimento dos agentes econômicos", como
disse o Ministro da Fazenda Joaquim Levy. Ou seja, para arrumar a bagunça
da casa é preciso castigar o outro lado, confiança dos agentes econômicos,
desconfiança da população.
Os anúncios divulgados nesta semana trazem aumentos nas alíquotas de
PIS/COFINS e nas Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre
o combustível, que deve gerar um aumento de R$0,22 sobre o litro da gasolina e
R$0,15 para o valor do diesel. A Petrobras já avisou que vai repassar esses
acréscimos para o preço de venda nas refinarias, ou seja, teremos o efeito
cascata: as distribuidoras vão encarecer os valores e os postos repassarão essa
alta ao consumidor. É estimado pelo mercado uma elevação entre 7 e 8% no preço
da gasolina. E claro, o brasileiro passará a procurar o etanol, que também deve
ter um reajuste, empurrando os preços para cima.
Entre as outras
medidas anunciadas está o restabelecimento da alíquota do o Imposto sobre
Operações financeiras - IOF - sobre operações de crédito, que passam de 1,5%
para 3%.
De acordo com o Ministro Joaquim Levy o IPI sobre os cosméticos não
deve ser repassado para os preços finais, mas é preciso estar atento.
E para finalizar todo o pacote na tentativa de estimular a concorrência em
favor do mercado interno, a medida provisória eleva a alíquota de PIS/COFINS de
9,25% para 11,75% sobre a importação, em uma tentativa de deixar de afetar a
competitividade nacional.
O impacto de todas essas medidas anunciadas visa resultar em uma
arrecadação extra de R$ 20,6 bilhões ao longo de 2015.
Dr. Luciano Duarte Peres - especialista em direito
financeiro, presidente da Comissão de Direito Bancário do Instituto dos
Advogados de Santa Catarina e presidente do Instituto Brasileiro de Defesa do
Consumidor Bancário
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