Segundo o o Ministério da Saúde, essa é a primeira causa de morte de pequenos entre 1 a 4 anos e a segunda entre 5 e 9 anos
A morte de três crianças entre 4
e 11 anos em uma piscina na cidade de Petrópolis, na região serrana do Rio de
Janeiro, acendeu o alerta para casos de afogamentos, principalmente, no verão.
Segundo dados do
Ministério da Saúde, essa é a primeira causa de morte de pequenos entre 1 a 4
anos e a segunda entre 5 e 9 anos, atrás apenas de acidentes de trânsito. Com
campanhas no ar, organizações alertam para os cuidados que pais e responsáveis
devem ter em casa, nas piscinas, em rios e no mar.
Um dos maiores
especialistas em afogamentos, o médico David Szpilman, da Sociedade Brasileira
de Salvamento Aquático e do Hospital Municipal Miguel Couto, chama atenção para
as piscinas. A principal recomendação é para que os pais se mantenham a, no
máximo, um braço de distância dos filhos pequenos. “A supervisão tem que ser
100% do tempo”, frisou.
Quem tem piscina
em casa deve instalar uma grade em volta, dois ralos para evitar sucção, além
de ter um telefone bem próximo, para que seja possível pedir ajuda em
emergências.
Com o aumento do
número de guarda-vidas e de placas com orientações sobre as condições do mar,
Szpilman avalia que o número de casos de afogamento nas praias caiu muito nos
últimos anos. Hoje, segundo ele, o maior número de vítimas está entre aquelas
que “sabem nadar”.
Esta semana, cinco
adolescentes de uma mesma família se afogaram em uma praia na cidade de São
José de Ribamar, no Maranhão. Quatro deles foram resgatados pelo Corpo de
Bombeiros e foram encaminhados ao hospital municipal. Um dos jovens, de 18
anos, continua desaparecido.
De acordo com o
especialista, os cuidados devem ser redobrados onde não há profissionais para o
socorro imediato. É o caso de áreas naturais, como rios, cachoeiras, lagos e
represas.
“A partir dos 10
anos os afogamentos acontecem em águas naturais. A aparência do lugar pode ser
de calma, de água tranquila, mas, na prática, pode revelar grandes perigos,
como a correnteza e a profundidade, que não são visíveis”, destacou o diretor
médico da sociedade de salvamento.
Em casa, o pais
também não podem descuidar. A caixa d'água e o vaso sanitário devem permanecer
tampados e as banheiras, em hipótese nenhuma, devem ser deixadas cheias.
A organização não
governamental Criança Segura lembra que afogamentos podem acontecer em pequenas
quantidades de água, de até dois dedos. Para alertar as famílias, especialistas
da sociedade de salvamento fizeram vídeos com medidas que devem ser tomadas
para evitar acidentes no mar ou emáguas naturais, principalmente, no verão,
época que concentra quase a metade dos afogamentos no ano.
Mais cuidados
"Sobre a
questão de afogamento, para as famílias que tem criança em casa, o importante
que é que acesso não seja livre. Tem que ter uma grade, a piscina precisar
estar coberta, de forma que a criança não consiga mesmo entrar nela, para que
não aconteçam acidentes desse tipo", alerta o coordenador da saúde da
criança, Paulo Bonilha.
E até mesmo
recipientes pequenos que armazenam água, pode oferecer risco para crianças.
"Mesmo conteúdos pequenos que as pessoas às vezes não conseguem imaginar
que possam trazer problema. No caso de bebê pequeno, se aproximar de um balde
cheio d'água muitas vezes o bebê cai de cabeça e fica de ponta cabeça ali se
afogando. Então isso é uma questão parece bobagem, mas é uma questão muito
triste, que devemos ficar alerta evitando, portanto que baldes com água fiquem
próximos de crianças sem que a família esteja por perto", lembra.
Em caso de
afogamento, a orientação do Ministério da Saúde é entrar em contato com o SAMU
pelo número 192.
Dicas de segurança
Piscina
Crianças devem
sempre ser supervisionadas por um adulto, quando próximas à água. Instale
cercas de isolamento, com, no mínimo, 1,5 metro de altura ou dispositivos de
segurança em todos os lados da piscina. No caso de piscina infantil, esvazie-a
imediatamente após o uso. Ela deve ser guardada fora do alcance das crianças.
Banheira
Um simples
descuido pode causar morte por afogamento, por isso, sempre supervisione uma
criança tomando banho.
Área externa
Baldes, bacias,
caixas d’água e cisternas: esvazie todos os baldes e embalagens, guarde-os
virados para baixo e fora do alcance das crianças. Em caso de caixa d’água e
cisternas, mantenha sempre com a tampa e amarrada ao reservatório.
Portal Brasil
Fonte: Agência Brasil e Blog da Saúde
Foto: Reprodução Google
Foto: Reprodução Google
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