Ligações, e-mails, mensagens,
redes sociais, internet, agenda e muito mais. Eles se tornaram um item
indispensável para a vida moderna. Tanto que, no Brasil, já são mais de 270
milhões de telefones celulares ativos, segundo dados da Agência Nacional de
Telecomunicações (Anatel). O que poucos desconfiam é que, além de dados e
informações, eles carregam também muitas bactérias.
Um estudo realizado pela
Universidade do Arizona mostrou que celulares têm 10 vezes mais bactérias que
provocam náusea e problemas estomacais do que as privadas. O especialista em
microbiologia e responsável pela pesquisa, Charles Gerba, afirma que a
aglomeração de bactérias acontece porque os telefones ficam muito próximos da
boca e em contato direto com as mãos. Para piorar, os usuários teriam medo de
limpar seus telefones por serem aparelhos eletrônicos.
O risco para a saúde depende do
tipo de bactéria encontrada. "Algumas estão não só nos aparelhos, mas no
corpo todo e são inofensivas, mas coliformes fecais e estafilococos
preocupam", explica o bioquímico especialista em bacteriologia e
responsável técnico do Lanac - Laboratório de Análises Clínicas, Marcos
Kozlowski. Para não correr o risco, o ideal é higienizar o aparelho
diariamente. E, para não danificá-lo, basta seguir as instruções de limpeza do
fabricante.
O especialista lembra ainda que o
teclado e o mouse de computadores, dinheiro e cartões magnéticos também são
fontes de muitas bactérias, por isso, a melhor forma de prevenção é manter
sempre bons hábitos de higiene, a começar pelas mãos. Elas devem ser lavadas
com água e sabão ou limpas com álcool 70% e não devem ser levadas à boca ou ao
nariz. "O problema não está nos objetos, mas sim nos hábitos de higiene de
grande parte da população", conta o bioquímico.
Marcos Kozlowski - bioquímico especialista em bacteriologia e
responsável técnico do LANAC - Laboratório de Análises Clínicas
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