domingo, 18 de janeiro de 2015

Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC) é diagnosticado com mais frequência em adultos, mas pode acometer crianças a partir dos três anos



Os transtornos mentais têm figurado nas listas das causas mais frequentes de afastamento do trabalho. Entre eles está o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo), caracterizado pela presença de pensamentos obsessivos e compulsões.
Dra. Renata Bataglin, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, explica que estes pensamentos “invadem” a pessoa com frequência, independentemente de sua vontade. “O indivíduo acometido por esse transtorno acredita que o único jeito de se ver livre desses pensamentos – e desta ansiedade – é realizar o ritual da compulsão, como por exemplo, checar se a porta esta trancada girando a chave três vezes. Ele acredita ainda que, se não agir deste modo, algo muito ruim pode acontecer”.
Segundo a médica, os rituais podem se desenvolver em qualquer área como limpeza, checagem, simetria, contagem, organização, entre outros, e podem tomar proporções catastróficas na vida da pessoa e de seus familiares.
O principal sintoma do TOC é a presença de pensamentos obsessivos, que levam à realização de um ritual compulsivo para aliviar a ansiedade. “Caso sofra destes pensamentos, o indivíduo deve passar o quanto antes por uma consulta com um psiquiatra, que fará uma avaliação e indicará o tratamento adequado”, esclarece.
É importante ressaltar que o transtorno pode acometer crianças a partir dos três, quatro anos de idade. Por este motivo, é fundamental que os pais fiquem atentos a qualquer manifestação de rituais compulsivos. “Infelizmente as pessoas demoram muito para procurar ajuda e, portanto, a maior parte dos casos é diagnosticada na idade adulta. E quanto mais tempo passar até o início do tratamento, mais grave a doença pode se tornar.”
Em adultos, o tratamento mais eficiente consiste na associação de medicamentos (antidepressivos, ansiolíticos) com a psicoterapia. Dra. Renata alerta para o fato de que o paciente deve manter o tratamento após a melhora inicial dos sintomas, uma vez que há um alto índice de recidiva, ou seja, de recaídas.

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