A
farmácia representa um serviço importante dentro do tratamento oncológico. O
farmacêutico participa ativamente de todas as etapas do processo do tratamento do
paciente, intervindo e prevenindo a ocorrência de possíveis falhas antes da
administração do medicamento e possibilitando maior segurança à prescrição
médica e ao paciente.
"Todos
os agentes quimioterápicos devem ser preparados por profissionais qualificados
e treinados especificamente para tal procedimento. A área tem acesso restrito
somente para pessoas treinadas e fica em local isolado", explica Danielle
Barbosa, farmacêutica do Instituto Paulista de Cancerologia (IPC). De acordo com Danielle, a base do tratamento citotóxico para o farmacêutico possui pontos relevantes como a logística adequada para o recebimento da prescrição médica, a avaliação da prescrição (conferência do protocolo prescrito, averiguação das doses dos medicamentos a partir da superfície corporal, avaliação dos intervalos de doses e do número de ciclos proposto no protocolo e inclusão de medicamentos de suporte ou adjuvantes), além de fornecer a quimioterapia pronta para o uso e devidamente identificada para a equipe de enfermagem.
A profissional conta que a identificação de possíveis erros de fármacos antineoplásicos é uma tarefa prioritária da farmácia oncológica: "doses incorretas, omissão involuntária de algum fármaco ou imprecisão quanto ao nome do mesmo, confusões quanto ao ciclo terapêutico que deverá ser seguido, via de administração e o tempo de infusão inadequado são potenciais erros durante o processo.. O farmacêutico deve garantir a segurança neste processo com bom preparo técnico e clínico, além da integração e boa comunicação junto à equipe assistencial de saúde que cuida do paciente."
A exposição dos profissionais envolvidos nas diversas fases da terapia antineoplásica pode ser controlada efetivamente com a correta utilização dos equipamentos, podendo ocorrer durante o preparo, durante a administração e durante o descarte. Segundo a farmacêutica, "para evitar que estes momentos se transformem em acidentes, o farmacêutico deverá elaborar procedimentos operacionais padrões que determinem o fluxo de trabalho e a execução das atividades, além de prever um plano de contingência no caso de acidentes durante o processo de manipulação."
Outro
fator que merece importância dentro de uma farmácia oncológica é a certificação
ISO 9001:2008. Hoje, a farmácia do Instituto Paulista de Cancerologia possui a
certificação oferecendo ao paciente a certeza que existe um sistema confiável
de controle das etapas de desenvolvimento, elaboração, execução e entrega do
produto provido de um tratamento formal. "A conquista da ISO 9001:2008
trouxe muitos benefícios à instituição como um todo, aos pacientes e a nossa
equipe, que está sempre motivada a alcançar resultados cada vez melhores. Nosso
objetivo é a cada dia oferecer mais segurança e qualidade para o
paciente", completa Danielle..
Danielle
Barbosa - farmacêutica do Instituto Paulista de Cancerologia - IPC
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