Brasil está incluindo nas iniciativas da companhia, com apoio a projeto de preservação do boto-cor-de-rosa que vive no Rio Amazonas
ORLANDO, FL. – O SeaWorld celebra o
Mês do Golfinho com mais de cinco décadas de resgate, reabilitação e
conservação como parte de seu comprometimento de proteger animais marinhos e
seus hábitats ao redor do mundo. Mais de 68 golfinhos doentes, machucados e
órfãos foram ajudados pelo SeaWorld apenas nos últimos seis anos. O SeaWorld
tem experiência em cuidar de sete espécies distintas de golfinhos e esse
conhecimento adquirido ao longo dos anos possibilita que 40% dos casos sejam
tratados no próprio local de resgate e imediatamente liberados – mais do que
qualquer outra espécie resgatada –, o que impacta dramaticamente as taxas de sobrevivência
desses animais.
O SeaWorld também ajuda
a proteger populações selvagens ao redor do mundo através do estudo científico
dos animais em seu cuidado, muitos dos quais são golfinhos resgatados e
incapazes de voltar ao ambiente devido a condições crônicas de saúde. O
compromisso também se estende a apoiar pesquisas de outras organizações, já que
o SeaWorld Conservation Fund já doou aproximadamente 100 mil dólares a
programas de conservação de golfinhos na Europa, América do Norte e América do
Sul – incluindo no Brasil.
“Entender melhor todas
as espécies de golfinhos e aplicar esse conhecimento à conservação destes
extraordinários animais ao redor do mundo sempre tem sido o núcleo de nosso DNA,” disse o Dr. Chris
Dold, Chefe do Departamento de Zoológico do SeaWorld Parks & Entertainment.
“O que aprendemos com os animais sob nossos cuidados tem benefícios diretos e
indiretos na conservação da espécie. Diretamente aprimora o sucesso de nossos
esforços de resgate. As descobertas dos estudos de pesquisas conduzidos por
nossos cientistas e especialistas de fora são compartilhadas com a comunidade
científica, garantindo populações abundantes e saudáveis de golfinhos para as
próximas gerações.”
Apoio à conservação do boto-cor-de-rosa
no Brasil por meio do SeaWorld Conservation Fund
O boto do Rio Amazonas,
também conhecido como boto cor-de-rosa, é uma espécie ameaçada encontrada em
toda a bacia amazônica no Brasil. Esses animais enfrentam muitos desafios – não
apenas ameaçados por problemas típicos, como poluição e degradação do hábitat,
mas também são frequentemente caçados e usados como isca para pesca. A Fundação do Boto do Rio
Amazonas (Amazon River Dolphin Conservation Foundation (ARDCF)
fundada em 2014 é parceira do SeaWorld Conservation Fund e trabalha para
proteger a espécie por meio de pesquisa e educação.
A ARDCF trabalha em
estreita colaboração com as comunidades indígenas ribeirinhas em seus esforços
para pesquisar e proteger os botos do Rio Amazonas. Sem a ajuda deles, seria um
grande desafio navegar pelos rios e afluentes para poder estudar a espécie.
“Criamos relações com as comunidades indígenas porque queremos que elas se
envolvam”, disse Suzanne Smith, fundadora da ARDCF. “Se eles não acreditassem
neste projeto, seria muito difícil atingir nossos objetivos, portanto,
estreitar nossos laços é vital para a fundação.”
Cerca de cinco anos
atrás, o SeaWorld e ARDCF começaram a trabalhar juntos por meio do SeaWorld
Conservation Fund. Em 2021, a Fundação recebeu investimentos do SeaWorld para
auxiliar o trabalho no levantamento de informações e identificação dos botos.
“O recurso fornecido pelo SeaWorld Conservation Fund foi imensurável”, disse
Suzanne. “Por meio dele, conseguimos comprar equipamentos como câmeras de
campo, hidrofones, meios de transporte como canoas e barcos, além de termos a
possibilidade de pagar assistentes de campo que nos ajudam a entrar e sair dos
cursos d'água da floresta amazônica. Não poderíamos fazer nada disso sem o
financiamento que recebemos”. O SeaWorld também enviou membros da sua equipe
para colaborar com a ARDCF.
A Fundação teve grande
sucesso nos últimos anos mapeando as populações de botos-cor-de-rosa e
identificando seus padrões, bem como construindo relações cruciais com os
moradores locais em busca da conservação da espécie.
Resgates de golfinhos
aumentam devido a encalhes por enchentes e desastres naturais
O SeaWorld está reportando
um aumento dramático nos resgates de golfinhos nos EUA, devido a encalhes fora
do hábitat causados por enchentes e padrões intensificados de tempestades. Com
a maior severidade das tempestades e os níveis de água variáveis, os golfinhos
podem facilmente ser empurrados para a água doce e desenvolver lesões de pele
fatais. Encalhamentos por deslocamento dos hábitats representam uma grande
parcela dos golfinhos resgatados pelo SeaWorld atualmente.
Avanços no cuidado
veterinário e ciência levam a populações mais saudáveis
O SeaWorld possui
experiência no cuidado e resgate de sete espécies diferentes de golfinhos, incluindo
golfinho-nariz-de-garrafa, golfinho-comum-de-bico-curto e longo,
golfinho-de-laterais-brancas-do-pacífico, golfinho-riscado,
baleia-piloto-de-aleta-curta e golfinho-rotador. Essa diversidade é
extremamente útil já que a reabilitação de golfinhos é muito desafiadora e as
primeiras duas semanas normalmente são indicativas do prognóstico geral, o que
faz da intervenção precoce a chave para garantir uma saudável recuperação.
O SeaWorld desenvolveu um sistema
único para o cuidado de golfinhos que envolve conduzir testes médicos e
procedimentos imediatamente após a admissão, o que amplia substancialmente as
taxas de sobrevivência entre os golfinhos resgatados. Foi, também, pioneiro em
diversos tratamentos médicos específicos a cada espécie, como nebulizadores
customizados, graduações, parâmetros sanguíneos, matriz de leite, intubações,
cirurgias e tratamentos com células-tronco que permitem aos cuidadores dos
animais atuar de forma rápida e efetiva, produzindo melhores resultados.
Além do cuidado médico, os
golfinhos recebem dietas nutritivas e balanceadas baseadas nas necessidades
individuais de cada animal. Altamente sociáveis, os golfinhos no SeaWorld vivem
em grupos nos hábitats projetados para atender às suas necessidades, que contam
com fluxos de água corrente, sombras, pedras e fauna que replicam os ambientes
naturais. Eles participam de sessões de reforço positivo diariamente e
atividades de enriquecimento ambiental.
Conhecimento adquirido
colabora com a conservação da espécie
Através do estudo de
golfinhos que vivem sob cuidado humano, os cientistas podem avaliar aspectos da
biologia e anatomia dos animais que são difíceis e, algumas vezes, impossíveis
de estudar na natureza. Os pesquisadores do SeaWorld também aplicam seu
conhecimento no estudo de populações selvagens.
Esses estudos levaram
muitos cientistas do SeaWorld a publicar diversos artigos de pesquisa com
descobertas sobre os comportamentos e saúde dos golfinhos que contribuem na
conservação da espécie. Alguns dos exemplos incluem:
- As
primeiras técnicas para categorização de hormônios levaram a conhecimentos
revolucionários sobre a reprodução dos golfinhos.
- Estudo
sobre como um golfinho combina as funções cardíaca e respiratória quando vai
à superfície para respirar, o que leva a uma troca de gás otimizada e mais
eficiente.
- Descoberta de um novo método para estimar a idade de um golfinho utilizando os Relógios de Envelhecimento do DNA Epigenético. A estimativa precisa da idade é um componente crítico em avaliações médicas e garante um melhor entendimento sobre necessidades de nutrição e saúde específicas para cada fase da vida dos golfinhos.
Por meio do Hubbs-SeaWorld Research Institute, um dos maiores
bancos de tecidos periciais foi criado para monitorar as mudanças nas
composições químicas dos golfinhos e como eles miram diferentes animais na
cadeia alimentar. Através do estudo das composições químicas antes, durante e
depois de eventos de mortalidade em larga escala, os pesquisadores puderam
descobrir que os golfinhos da Indian River Lagoon estavam no mesmo nível
trófico, mas havia presas incomuns em seus estômagos, como tunicados e
peixes-gato. Isso mostra que, durante aquele período, os golfinhos deveriam
estar dependendo de alguma fonte de alimento que normalmente não comeriam, o
que geralmente indica alguma doença. Muitos também foram encontrados de
estômago vazio.
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