Otorrinolaringologista do São Cristóvão Saúde comenta como identificar sintomas da hipoacusia e quando buscar tratamento especializado
Precisa pedir para que repitam mais de
uma vez o que lhe foi dito, por não ter compreendido a conversa? Assiste
televisão em volume alto, causando reclamação de quem está ao redor? Já deixou
de ouvir o som do telefone ou da campainha ou não sabe identificar a direção do
som? O IBGE - Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística, estima 10 milhões de brasileiros com alguma
deficiência auditiva, aproximadamente 5% da população com dificuldades em ouvir
ou já em grau avançado de surdez.
Caso tenha se identificado com
essas situações ou conheça alguém que passe por isso, o Dr. Lucas Bevilacqua
Alves da Costa, Otorrinolaringologista no São Cristóvão Saúde, Doutor pela
FMUSP e membro do Fellowship em Otologia, esclarece sobre a hipoacusia,
definida como “diminuição da capacidade de se detectar os sons” e seus
possíveis tratamentos. “Nos adultos, a principal queixa se dá por meio de
relatos de dificuldade para compreender o que familiares ou amigos estão
dizendo. Já nas crianças, se manifesta principalmente com falta de atenção e
atraso no desenvolvimento de fala e linguagem”, comenta o especialista.
Segundo
a OMS - Organização Mundial da Saúde,
esse é um problema que, até 2050, vai afetar 900 milhões de pessoas no mundo
e podem surgir, gradualmente, ao longo da vida. De acordo com o otorrino, dentre os fatores
que podem levar à perda auditiva, estão:
- Neurossensorial: lesão interna, cujas limitações podem ser congênitas; ou
seja, quando a pessoa nasce com esse tipo de perda auditiva, ou adquiridas
quando ao longo da vida, por fatores ambientais ou exposição a substâncias
nocivas, que levam a perda da audição (a exemplo de alguns
medicamentos).
- Condutiva: múltiplos fatores que podem levar à essa condição, tais como
infecções e traumas.
Grande parte das causas está
relacionada a fatores que podem ser evitados com o controle de condições já
existentes e por métodos de prevenção. “É importante evitar a exposição à
fatores de risco, tais como ruído de alta intensidade, e da manipulação e/ou
uso de produtos ototóxicos. Para pessoas que trabalham expostas à ruídos, é
importante o uso de equipamento de proteção individual apropriado para
atenuação da intensidade sonora. Também é importante orientar adolescentes e
crianças sobre o uso dos fones de ouvido”, notifica Dr. Lucas Bevilacqua A. da
Costa.
“No caso das crianças, quando o
responsável notar atraso no desenvolvimento de fala e linguagem ou qualquer
suspeita que o mesmo venha a ter”, complementa o médico. Assim, o diagnóstico é
realizado por meio de exames que analisam as diferentes habilidades auditivas,
sendo o mais comum a audiometria.
Dependendo dos
resultados dos exames e das causas da surdez, o médico indicará o tratamento
mais adequado. Alguns casos são resolvidos com a
administração de antibióticos e anti-inflamatórios, sempre sob prescrição
médica. Outros, como trauma acústico, requerem repouso. “Denominamos a surdez
completa de um dos ouvidos (unilateral), de anacusia. Quando esta é nos dois
ouvidos (bilateral) a denominação é que o indivíduo está cofótico”, esclarece.
“No caso dos aparelhos auditivos, o
mais conhecido deles é o chamado Aparelho de Amplificação Sonora Individual
(AASI). Porém, sua indicação depende do grau da perda auditiva (leve, moderado,
severo ou profundo) e do tipo da perda auditiva (neurossensorial, condutiva ou
mista)”, finaliza Dr. Lucas Costa.
Desse modo, ao notar sinais que podem
estar relacionados à perda auditiva, procure um médico otorrinolaringologista
para melhor investigação. Afinal, a prevenção é sempre a melhor maneira de
cuidar de sua saúde!
Grupo São Cristóvão Saúde
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