De acordo com a
12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada
pelo Sebrae em parceria com a FGV, esses são os principais gastos das empresas
A alta no preço
das mercadorias e os sucessivos aumentos nos combustíveis têm sido os fatores
que mais têm pressionado os custos dos pequenos negócios. É o que aponta a 12ª
edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada pelo
Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre o fim de agosto e
o início de setembro com 6.104 respondentes de todos 26 Estados e do Distrito
Federal.
O presidente do Sebrae, Carlos Melles, destaca que os gastos com insumos,
mercadorias e combustíveis foram citados como os que mais impactam os negócios
por 63% dos microempreendedores individuais (MEI) e por 61% das micro e
pequenas empresas. Se somar a esses números as despesas com gás e energia
elétrica, eles sobem para 76% para os MEI e 77% para as MPE. Custos com aluguel
foram citados por 13% dos MEI e por 15% das MPE.
E o cenário ainda pode piorar. No acumulado deste ano até agosto, o preço da
gasolina avançou 31,09%, enquanto o do diesel acumula alta de 28,02%, segundo o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A expectativa do setor
financeiro é que a inflação fique em torno dos 8% para esse ano. “Caso essa
estimativa se confirme é possível que mais empreendedores sintam esse impacto,
o que dificultará ainda mais o processo de retomada dos pequenos negócios, que
estão começando a se recuperar dos danos causados pela pandemia”, comenta
Melles.
Quando analisados por porte da empresa e setores, a alta dos preços das
mercadorias e combustíveis exercem pesos diferentes. Apesar dos dois itens
seguirem o mesmo grau de importância entre os microempreendedores individuais
(MEI) e as micro e pequenas empresas, o preço dos insumos têm um impacto maior
nas MPE (39%) do que entre os MEI (35%), e o preço dos combustíveis pesa mais
nos microempreendedores individuais (28%) do que nas micro e pequenas (22%).
A mesma diferença acontece entre homens e mulheres. Para 32% dos homens, os
gastos com combustíveis têm maior peso, contra 17% das mulheres. Já entre as
empreendedoras, o que mais pressiona são os gastos com insumos e mercadorias:
41% delas indicaram esse quesito, enquanto apenas 34% dos homens escolheram
essa mesma opção.
“Esse resultado é reflexo de muitas atividades que existem mais em determinados
portes e perfis, como por exemplo motoristas e entregadores de aplicativos, que
são na maioria das vezes microempreendedores individuais, homens e que dependem
do combustível para trabalhar. Assim como as indústrias, que geralmente são
micro ou pequenas empresas e dependem mais de matéria-prima”, analisa o
presidente do Sebrae.
De acordo com a 12ª edição da pesquisa de Impacto, para 62% das Indústria o
custo das mercadorias é o que tem mais peso, seguido pelo Comércio (49%),
Agropecuária (47%), Construção Civil (36%) e Serviços (25%). Já quando o
assunto é combustível, ele pesa mais nos empreendimentos da Construção Civil (41%),
Agronegócio (34%), Serviços (32%), Comércio (18%) e Indústria (14%).
Os dados completos
estão disponíveis no infográfico neste
link
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