Pesquisa da BARE International mostra que 72% das pessoas vão priorizar compras online no futuro e 60% pretendem manter os estudos online
A
vacinação contra a covid-19 já está avançada em várias cidades do Brasil, mas
apesar disso e do afrouxamento das restrições de circulação, 69% da população
vacinada com as duas doses ou dose única ainda prefere evitar estabelecimentos
que não seguem os protocolos de prevenção à doença. É o que mostra uma pesquisa
feita pela Bare International, maior fornecedora independente de dados e
análise de experiência do cliente no mundo. O estudo avaliou o comportamento
dos brasileiros no atual estágio da pandemia e a perspectiva de hábitos de
consumo para quando esse período passar.
O
levantamento ouviu 592 pessoas, maiores de 18 anos, entre os dias 3 e 13 de
setembro. Dessas, 50,01% estão com a vacinação completa, enquanto 47,12%
receberam a primeira dose do imunizante. 2,87% responderam que ainda não se
vacinaram. Tânia Alves, gerente geral da Bare no Brasil, acredita que, como o
consumidor está mais consciente e crítico no que diz respeito ao bem-estar
coletivo, mesmo imunizado, os atuais hábitos sanitários vão permanecer quando a
pandemia der trégua.
“No
geral, as pessoas já entenderam que daqui para frente será necessário ter mais
cautela com práticas consideradas básicas, desde a higienização das mãos, por
exemplo, até o cuidado com o preparo de comidas. Em relação ao consumo, fica o
alerta para os gerentes de estabelecimentos, em especial bares e restaurantes,
pois mesmo com o fim total do isolamento e das restrições, o cliente será mais
criterioso quanto aos ambientes que frequenta”, afirma.
Não
à toa, a pesquisa da Bare também indica que a mudança de perfil do consumidor
geral inclui sair menos de casa, em relação aos padrões pré-pandemia. “Durante
o isolamento, alguns hábitos de compras, estudos e atividades físicas online se
tornaram regulares para a população, e grande parte dos entrevistados garante
que isso será mantido”, aponta Tânia. De acordo com ela, 72% afirmaram
priorizar compras online no futuro e 60% pretendem manter os estudos online.
Para
Rodrigo Burgers, sócio da consultoria de inovação e venture builder Play
Studio, neste caso soma-se o fato de que marketplaces e demais plataformas
online estarem entre as companhias que mais inovam e oferecem praticidade no
mundo. “No primeiro semestre deste ano, a revista especializada em negócios
Fast Company fez o levantamento anual das 50 companhias que mais se destacaram
no quesito inovação. Duas fabricantes de vacinas ocuparam os dois primeiros
lugares, o que era de se esperar, mas, surpreendentemente, quem fechou o pódio
é a canadense Shopify, que incentiva a digitalização do comércio. Esse segmento
tem investido pesado em estruturas que propiciam até mesmo menor custo aos
clientes, como o sistema próprio de entregas da gigante Amazon”, diz.
Quanto
ao questionamento sobre o que faria o consumidor retornar a frequentar
estabelecimentos após a pandemia, os itens que tiveram destaque foram: bom
atendimento, limite de pessoas no interior dos estabelecimentos e qualidade dos
produtos e serviços. Ainda segundo o levantamento, 48% dos entrevistados
pretendem priorizar o consumo de comida por delivery.
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