Que
‘imprevistos acontecem’ e que ‘errar é humano’, todo mundo sabe! Quem nunca
precisou pronunciar essas frases certamente é uma pessoa extremamente cuidadosa
e, claro, uma afortunada. É incrivelmente difícil encontrar alguém que nunca
tenha vivenciado uma situação inesperada. Isso vale, inclusive, para a prática
profissional.
Ocorre
que, para boa parte dos profissionais, um erro, um equívoco ou uma omissão
podem custar muito caro, literalmente falando. As situações são as mais
variadas possíveis. Imagine que um advogado simplesmente perca o prazo para
recorrer em uma sentença ou que um contador erre nos cálculos referentes ao
recolhimento de um tributo. Avalie as proporções das consequências que esses
erros ou omissões podem trazer aos clientes desses dois profissionais.
Um
erro no desenvolvimento de um sistema ou app, a falta de atenção na realização
de uma perícia e/ou na emissão de um laudo de inspeção veicular, a falta de
autorização da Assembleia na realização de uma obra no prédio pelo síndico e um
procedimento cirúrgico que não é bem-sucedido são apenas alguns exemplos de
situações em que os profissionais responsáveis pela realização desses serviços
podem sofrer penalizações jurídicas com a necessidade de indenização do
cliente.
Outros
danos que podem requerer a indenização são o extravio, perda, roubo, furto ou
vazamento de documentos e dados de clientes ou terceiros, incluindo registros
de informática; danos morais; falhas de sistemas e a responsabilidade de
terceirização de serviços; responsabilidade solidária; quebra de sigilo
profissional; calúnia, injúria e difamação; violação involuntária da
propriedade intelectual; prejuízos financeiros decorrentes de danos corporais,
materiais e morais subcontratados e terceirizados, entre outros.
Obviamente,
antes de chegar à penalização, será necessário percorrer um caminho que poderá
envolver a necessidade de composição de uma defesa, caso o assunto se torne uma
disputa judicial, o que vai acarretar a contratação de um advogado. Ou seja,
além da indenização, talvez o profissional precise arcar, também, com os
honorários advocatícios.
Não
é à toa, portanto, que a Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg), tenha
registrado, de janeiro a maio de 2021, um crescimento de 14% na contratação do
chamado Seguro de Responsabilidade Civil Profissional, que é destinado à
proteção de profissionais liberais e empresas contra perdas
financeiras por erros ou emissões na prestação de serviços. Advogados,
Arquitetos, Auditores, Engenheiros, Veterinários, Odontologistas, Médicos,
Síndicos, Contadores, Consultores e Corretores de Imóveis formam uma parcela do
grupo de profissionais que podem ser beneficiados.
É claro que ninguém quer errar durante
o exercício da profissão, mas nenhum de nós está livre da ocorrência de
incidentes e, se há uma chance ou alternativa para o gerenciamento desse risco,
por qual motivo deixar de investir nessa proteção, que pode ser a ‘salvação’ na
hora de reparar um ato de negligência, imprudência ou imperícia profissional?
Pense a respeito!
Ricardo Valencia - diretor comercial da Energy Broker – empresa de consultoria, corretagem e administração de seguros
Nenhum comentário:
Postar um comentário