Baseado em terapia-alvo, amivantamabe é um anticorpo biespecífico inovador que traz nova abordagem terapêutica para médicos que tratam de pacientes com tipo grave e raro de câncer de pulmão
A Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA) acaba de aprovar o novo medicamento
amivantamabe, desenvolvido pela farmacêutica Janssen e sob a marca comercial
RYBREVANT®, indicado para o tratamento de adultos com câncer de pulmão de não
pequenas células (CPNPC) localmente avançado ou metastático com mutações de
inserção do éxon 20 do gene receptor de fator de crescimento epidérmico (EGFR),
quando há progressão da doença durante ou após quimioterapia à base de platina.
Amivantamabe é o primeiro anticorpo totalmente humanizado, bi-específico
aprovado para o tratamento de pacientes com CPNPC e este tipo de mutação, que
representa a terceira mais prevalente.1, 2
"Os avanços no
entendimento de tumores geneticamente definidos têm permitido o desenvolvimento
de terapias-alvo que podem oferecer melhores resultados para os pacientes. A
aprovação de amivantamabe no Brasil aborda uma importante necessidade não
atendida neste tipo severo e raro de câncer de pulmão de não pequenas
células", declara Fabio Lawson, diretor médico da Janssen no Brasil.
"Esta aprovação reforça nosso compromisso em buscar continuamente por
inovações para o avanço do tratamento do câncer, incluindo medicamentos
orientados para vias específicas, que hoje já contam com validação por meio de
testes genéticos."
Amivantamabe é a
primeira terapia da classe de anticorpos biespecíficos2,3,4,5, ou seja, atua no
bloqueio de duas vias de crescimento do tumor - neste caso, EGFR e MET
(mecanismo de resistência do câncer de pulmão com mutação do EGFR) - ao mesmo
tempo em que ativa as células do sistema imunológico do paciente e induz a
degradação dos receptores responsáveis pelo crescimento do câncer. As
drogas-alvo até então disponíveis, como os inibidores de tirosina quinase (TKI)
de EGFR, geralmente são pouco eficazes no tratamento de CPNPC causado por
mutações de inserção no éxon 20 do EGFR. Estas alterações equivalem de 4% a 10%
de todas as mutações do EGFR no câncer de pulmão de não pequenas células, no
entanto, geralmente não são detectadas com frequência - o que reforça a
importância da escolha da metodologia mais adequada para identificar
corretamente as mutações do EGFR. "Os testes de sequenciamento genético de
última geração (em inglês NGS - next generation sequencing) são uma
alternativa aos testes à base de reação em cadeia de polimerase (PCR)
tradicionalmente realizados, que falham em identificar 50% ou mais das mutações
de inserção de éxon 20", esclarece Lawson.
O câncer de pulmão é
a principal causa de morte por câncer em homens e mulheres, somando quase 25%
de todas as mortes. No Brasil, a doença causou 29.354 mortes em 2020 de acordo
com os dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). No caso do câncer de
pulmão de não pequenas células, o prognóstico costuma ser pior, com taxas de
sobrevivência mais curtas em comparação às relacionadas a mutações do EGFR mais
comuns, como inserções do éxon 19 ou substituições de L858R ,. Pacientes
recém-diagnosticados com CPNPC metastático com mutações de inserção do éxon 20
do EGFR têm uma sobrevida global mediana de mundo real de 16,2 meses,
(intervalo de confiança [IC] de 95%, 11,0 - 19,4), que é menor do que nos
pacientes com deleções de éxon 19/mutações de L858R de EGFR, ao redor de 25,5
meses (IC de 95%, 24,5 - 27,0) A partir do tratamento com amivantamabe, em
segunda linha, esta sobrevida pode ser aumentada em 8,9 meses, o que significa
um ganho de 50%,,.
Câncer de pulmão de
não pequenas células (CPNPC)
Em todo o mundo, o
câncer de pulmão é um dos cânceres mais comuns, e CPNPC representa até 80% a
85% dos casos neste tipo de tumor., Os principais subtipos de CPNPC são
adenocarcinoma, carcinoma de células escamosas e carcinoma de células
grandes.19 Entre as mutações condutoras mais comuns no CPNPC estão as
alterações no EGFR, que é um receptor tirosina quinase que apoia o crescimento
e a divisão celular.8 As mutações do EGFR estão presentes em 10% a 15%8,11,,,
das pessoas com CPNPC adenocarcinoma e ocorrem em 40% a 50% dos asiáticos., A
taxa de sobrevivência de cinco anos para todas as pessoas com CPNPC metastático
e mutações do EGFR tratadas com TKIs do EGFR é menor de 20%., As mutações de
inserção de exon 20 do EGFR são a terceira mutação de ativação de EGFR mais
prevalente.2 8% dos pacientes com mutações de inserção no éxon 20 do EGFR têm
uma sobrevida global de cinco anos considerando dados de mundo real - o que é
pior do que pacientes com deleções no éxon 19 do EGFR ou mutações L858R, em que
19% apresentam sobrevida global de cinco anos considerando taxas de vida real.9
Sobre o Estudo
CHRYSALIS
CHRYSALIS é um
estudo de Fase 1, aberto, multicêntrico, primeiro em humanos para avaliar a
segurança, farmacocinética e eficácia preliminar de amivantamabe como
monoterapia e em combinações incluindo lazertinibe*, um novo TKI de EGFR de
terceira geração, em adultos com CPNPC avançado. Este é um estudo clínico
aberto, de aumento de dose e expansão, que avalia a taxa de resposta global
como o endpoint primário. Os resultados relatados são de pacientes
tratados pós-platina na dose de fase 2 recomendada - 1400 mg administrada uma
vez por semana pelas primeiras quatro semanas e, depois, uma vez a cada duas
semanas a partir da semana cinco.
Entre as reações
adversas observadas no estudo clínico, as mais comuns (≥20%) foram erupção
cutânea (rash), reações relacionadas à infusão, paroníquia (inflamação da pele
ao redor da unha), dor musculoesquelética, dispneia, náusea, fadiga, edema,
estomatite, tosse, constipação e vômito - taxas de reduções ou interrupções de
dose relacionadas ao tratamento foram consideradas baixas, 13% e 4% dos
pacientes, respectivamente.
*Em 2018, A Janssen
Biotech, Inc. celebrou um contrato de licença e colaboração com a Yuhan
Corporation para o desenvolvimento de lazertinibe.
Janssen
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