Um dos principais problemas é a conjuntivite alérgica ou primaveril, que ocorre com frequência nesta época do ano em função do pólen das flores
A
primavera é a estação das flores e dos dias mais longos e quentes. Apesar de
ser conhecida como a época mais bonita do ano, esta estação desencadeia muitos
tipos de reações alérgicas, especialmente nos olhos. Um dos principais
problemas é a conjuntivite alérgica ou primaveril, que ocorre com frequência
nesta época do ano em função do pólen das flores. Além do pólen, a baixa
umidade relativa do ar também traz queixas relacionadas a ardências oculares,
olhos vermelhos, sensação de corpo estranho ou de areia nos olhos.
Os
sintomas da conjuntivite primaveril são intensos e podem prejudicar a qualidade
de vida do paciente. “Além de coceira frequente nos olhos, secreção na mucosa, produção
de lágrimas em excesso, ardor e desconforto na presença de luz forte, os olhos
ficam vermelhos e inchados”, explica o oftalmologista Francisco Porfírio,
presidente da Sociedade Brasiliense de Oftalmologia (SBrO).
A
boa notícia é que a conjuntivite primaveril tem aspecto alérgico e não é
contagiosa. Por esse motivo, na maioria dos casos, não exige afastamento do
trabalho ou de outras atividades do cotidiano. O tratamento da patologia é
feito com colírio antialérgico, medicamentos tópicos ou orais e até injeções
antialérgicas.
Neste
período também é possível confundir alergia com olho seco, ou também outros
problemas que simulam um quadro alérgico, como infecções oculares. Portanto, só
o oftalmologista poderá fazer a indicação correta do tratamento, já que há uma
grande variedade de medicações. Pacientes que buscam tratar os sintomas sem
acompanhamento médico, costumam mascarar a infecção por um longo período,
podendo resultar em problemas graves.
Para
aqueles que já possuem algum tipo de alergia, Francisco Porfírio indica evitar
ambientes ao ar livre entre 5h e 10h da manhã, quando a ação do pólen é mais
intensa; usar pano molhado no lugar da vassoura, retirar as cortinas, tapetes e
bichos de pelúcia e manter o local sempre arejado permitindo a entrada do sol.
“Quem utiliza lentes de contato deve ter cuidado redobrado, pois quando usadas em ambientes pouco umidificados podem ocasionar ceratite, uma inflamação passível de evolução até para úlceras e perfuração dos olhos”, explica o presidente da SBrO.
Outra dica é
evitar ao máximo o ato de coçar os olhos porque pode desenvolver uma doença
chamada ceratocone. Ela acontece na córnea e é progressiva. Em alguns casos
precisa de cirurgia, podendo trazer perdas irreversíveis da visão. Neste caso,
o transplante da córnea é indicado. Coçar os olhos também pode causar o
descolamento da retina.
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