Membro do Comitê de
Desenvolvimento e Comportamento da SPRS, Renato Santos Coelho, reitera a
importância de debater este tema com os paisFreepik
O caminho para evitar cenas de violência contra crianças está em
ações de prevenção e no amplo debate sobre o tema, incluindo toda a rede de
apoio. A avaliação é do médico pediatra e membro do Comitê de Desenvolvimento e
Comportamento da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Renato
Santos Coelho, que destaca a importância do trabalho pediátrico desde a
primeira consulta.
"É preciso, desde o nascimento do bebê, promover o vínculo
dos pais com a criança, especialmente nas gestações de risco e nos bebês
prematuros. São esses vínculos que sustentam uma relação com menos
violência", explica.
Além disso, o especialista destaca que existem "pequenos
sinais", como um histórico de modelos parentais agressivos, que são
possíveis para analisar ambientes em que a violência contra os menores esteja
presente ou possa surgir.
"A violência familiar tende a ser um processo de repetição.
Quebrar este ciclo, é uma forma de prevenção. Em alguns momentos, isso tende a
ser geracional. Nas consultas de puericultura, o pediatra deve trabalhar essa
questão geracional com a família, trazendo novos modelos e quebrando o ciclo
transgeracional", acrescenta.
A prevenção aos casos de agressão não pode ficar somente nos
consultórios médicos e dentro de casa.
"Nas escolas, é necessário debater esses temas, realizar
fórum de discussão, aproximar pais. Aliar educação com a prevenção",
finaliza.
Entre os sintomas de que algo não está correndo bem com os
pequenos, o pediatra ou os responsáveis pelo cuidado com a criança precisam
analisar aspectos físicos, como hematomas ou contusões, mas também alterações
de comportamento. Agitação, insônia, agressividade, são sinais amplos que
indicam que não está tudo bem com a criança e é preciso buscar ajuda.
Vítor Figueiró
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