Especialista fala
como o desinteresse pelo assunto pode levar ao endividamento ou até mesmo uma
mudança no padrão de vida
A chegada da crise causada pelo novo coronavírus no
Brasil desestruturou diversas áreas levando a interrupções na indústria
trazendo consequências como desemprego, diminuição de salário e carga horária
de trabalho, aumento dos preços dos alimentos, além de consequências como a
supervalorização do dólar em relação ao real, entre outras questões. Um
levantamento realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) mostrou que mais de 60% dos brasileiros receberam o
auxílio emergencial do Governo Federal para complementar sua renda mensal ou
para ser a única fonte de renda.
“A pandemia desestruturou a fonte de renda de
muitas pessoas ao mesmo tempo, trazendo novos hábitos de consumo, como o corte
de supérfluos e entretenimento. Uma pequena parcela da população brasileira
tinha uma reserva de emergência para auxiliar neste momento, por isso, a
mudança no estilo de vida precisou acontecer de forma mais impositiva e
obrigatória. ”, afirma a especialista em bem-estar financeiro,
Rebeca Toyama. Para ela, essa situação aconteceu principalmente,
pois existe uma lacuna a ser preenchida em relação a educação financeira no
país e o desinteresse pelo assunto por parte das pessoas.
Entre os problemas financeiros identificados por
especialistas nesta área são questões comportamentais que levam um indivíduo a
gastar mais do que tem disponível, não planejar os custos, usar o cartão de
crédito de forma desenfreada deixando de pagar a fatura integral no final do
mês, entre outras situações. “Vale ressaltar a questão psicológica que, quando
abalada por algum motivo, pode desencadear um consumo desenfreado. Por isso é
tão importante trabalhar a consciência financeira”, alerta a especialista.
Bem-estar financeiro
A especialista Rebeca Toyama chama a atenção para o
tema, pois o bem-estar financeiro está relacionado aos hábitos de controle,
poupança e consumo consciente, tudo que fazemos para ter controle da nossa
própria vida. Também vale lembrar que para se alcançar o bem-estar financeiro é
necessário cuidar da nossa saúde mental, emocional, física além da financeira,
que vai desde ter uma excelente noite de sono a montar uma planilha de controle
de entrada e gastos.
“Se entende que o conceito de bem-estar financeiro
é o estado em que se tem o controle da vida financeira, da capacidade de
suportar choques financeiros e da liberdade para atingir seus objetivos e fazer
suas próprias escolhas, assim permitindo aproveitar a vida.”, finaliza, Rebeca
Toyama.
Rebeca Toyama, especialista em bem-estar financeiro preparou
um passo a passo com 5 dicas para afastar os problemas financeiros mais
comuns.
1- Tenha um planejamento de curto, médio e longo prazo
e sempre pense na aposentadoria. Entender do assunto, estudá-lo e ter um
orçamento são vitais para qualquer pessoa e o primeiro passo para o bem estar;
2- Seja um consumidor consciente, use o crédito
somente quando necessário e se programe. Não faça compras por impulso e jamais
calcule o preço de um item pelo valor da parcela;
3- Não deixe ser seduzido por ofertas
imperdíveis e nunca assuma riscos elevados;
4- Nunca tome uma decisão com base na emoção. Volte
ao seu orçamento com um limite para despesas cotidianas e cumpra sua meta com
racionalidade;
5- Para se alcançar o bem-estar é necessário existir
um alinhamento de nossa saúde física, mental e financeira. Estes três pilares
andam juntos rumo ao equilíbrio.
Rebeca Toyama - fundadora da ACI e RT DHO, empresa
com foco em carreira e educação corporativa. Especialista em estratégia de
carreira e bem-estar financeiro. Possui formações em administração e tecnologia
e especialização em psicologia e marketing. Atua há 20 anos como coach,
mentora, palestrante, empreendedora e professora. Colaboradora do livro Tratado
de psicologia transpessoal: perspectivas atuais em psicologia: Volume 2; Coaching
Aceleração de Resultados e Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da
pós-graduação da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal),
Instituto Filantropia e Universidade Fenabrave.
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