Colaboração
e solidariedade são saídas possíveis para o desenvolvimento das comunidades |
O novo coronavírus trouxe mudanças no modo de vida e impactos na economia global. As consequências da crise sanitária afetam diferentes países, estados e comunidades e nos propõe uma reflexão sobre as possíveis saídas para esse momento tão desafiador. Parte das soluções para um novo mundo já está sendo apresentada com iniciativas que contemplam desenvolvimento sustentável, economia colaborativa e solidariedade.
Esses três princípios, apesar de atuais, não são
novidade no Brasil. Há mais de um século, instituições cooperativas atuam com
base na colaboração, inclusão e desenvolvimento das comunidades. Com início em
Nova Petrópolis, na Serra Gaúcha, a primeira cooperativa de crédito da América
Latina foi fundada por iniciativa do padre suíço Theodor Amstad, contribuindo
para o desenvolvimento econômico e social da localidade.
Inspiradas no ideal dos fundadores, cooperativas
que integram o sistema pioneiro, como a Sicredi Iguaçu PR/SC/SP, realizam suas
ações visando crescimento do associado, que é também dono do negócio, a geração
de renda e o desenvolvimento das comunidades. O ciclo virtuoso possibilita que
os recursos gerados sejam reinvestidos nas áreas de atuação de cada
cooperativa. Princípios básicos e seculares do cooperativismo que estão
constantemente se adequando às atuais necessidades da sociedade.
Várias ações desenvolvidas estão conectadas à
agenda moderna da Organização das Nações Unidas (ONU), com os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS). As iniciativas de inclusão e educação
financeira, os projetos para fomento de liderança feminina e jovem, e programas
para o crescimento sustentável demonstram que, para além da geração de renda,
da expansão e da apresentação de soluções financeiras adequadas, o Sicredi e
suas cooperativas trabalham pelo coletivo com ações que trazem benefícios
diretos para o maior número de pessoas
Esse impacto positivo foi demonstrado recentemente
em pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O
levantamento avaliou dados econômicos de cidades brasileiras entre 1994 e
2017, e concluiu que o cooperativismo incrementa em 5,6% o Produto Interno
Bruto (PIB) per capita dos municípios, cria mais vagas de trabalho formal
(6,2%) e estimula o empreendedorismo com acréscimo de 15,7% de estabelecimentos
comerciais.
Com todas essas ações e resultados positivos, o
cooperativismo tem demonstrado, ao longo do tempo, que a colaboração e a
solidariedade são saídas possíveis para o desenvolvimento das comunidades. Em
períodos de crise como o que estamos vivendo, esses princípios ficam ainda mais
fortes, refletindo que conceitos trazidos para o Brasil, há mais de 100 anos,
estão atuais do que nunca.
Lotário Luiz Dierings - presidente da Sicredi
Iguaçu PR/SC/SP
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