Conforme o Unaids,
programa das Nações Unidas, só no ano passado 690 mil pessoas morreram por
problemas relacionados à enfermidade, que atinge cerca de 38 milhões de pessoas Divulgação
Na próxima
terça-feira, 1º de dezembro, é lembrado o Dia Mundial de Combate à Aids, que dá início ao Dezembro Vermelho.
A campanha visa conscientizar a população para as medidas de prevenção, assistência
e direitos da pessoa com HIV. Segundo o Unaids, programa das Nações Unidas, em
2019 aproximadamente 38 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com
HIV e 690 mil morreram de doenças relacionadas .
Victor Bertollo,
médico infectologista do Hospital Anchieta de Brasília, explica que a detecção
precoce é fundamental, pois pode evitar que o paciente evolua para o estágio de
imunodeficiência, ou seja, para a Aids propriamente dita. "Descobrir o HIV
cedo muda muito a perspectiva e a qualidade de vida desses indivíduos",
pontua. Ele complementa: "aqueles infectados pelo HIV podem não
desenvolver aids (imunodeficiência) caso sejam tratados de maneira
precoce".
O especialista
reforça, também, os cuidados para evitar a contaminação pelo vírus. "É
muito importante termos em mente que, hoje em dia, a Aids é uma doença
completamente evitável, por meio de medidas como uso de preservativo e cuidados
com relação à transfusão de sangue, o não compartilhamento de agulhas e
seringas, e entre outras", pontua.
Bertollo acrescenta
que o tratamento para o HIV é muito eficaz. "É possível tornar a carga
viral no sangue indetectável e, dessa forma, preservar a imunidade do
indivíduo, mantendo uma qualidade de vida compatível com o restante da
população", diz. "Outra grande vantagem do tratamento é que o risco
de uma pessoa com carga viral indetectável transmitir o vírus para outra é
praticamente zero, então ele não só protege o indivíduo HIV positivo de
complicações e infecções oportunistas, como também evita a transmissão da
doença, sendo parte de um conjunto de intervenções capaz de reduzir a
ocorrência da Aids no país e no mundo", conclui.
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