Comércio criou maior número de novos
postos formais de trabalho desde novembro de 2012; no setor de serviços,
resultado é o melhor em seis anos
Os setores de comércio e serviços paulistas geraram, juntos, 91.852 novas vagas
formais de emprego em outubro, mostra a Pesquisa de Emprego no Estado de São
Paulo (PESP) da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de
São Paulo (FecomercioSP). O resultado foi alcançado principalmente por causa do
volume expressivo de novos postos de trabalho entre comerciantes: 30.003 – o melhor
resultado mensal desde novembro de 2012.
Para a Federação, os números expressam a recomposição do quadro funcional e o
movimento do mercado para o Natal – a principal data para o comércio
brasileiro. Para dar conta da demanda, só o varejo foi responsável por 22.834
das novas vagas do setor, enquanto 4.859 foram geradas por comerciantes do
atacado e 2.310 em atividades de venda e reparação de veículos.
O desempenho em outubro do comércio paulista foi tão acima do esperado que,
mantendo esta tendência, espera-se que a geração de emprego no varejo para as
festas de fim de ano, inicialmente projetadas com queda, fique próximo do
auferido em 2019, quando a atividade gerou em torno de 35 mil vagas celetistas.
O setor de serviços também bateu um recorde de seis anos: as 61.849 vagas
formais abertas em outubro representaram o melhor desempenho para um mês desde
fevereiro de 2014. Neste caso, o resultado foi encabeçado por atividades
administrativas, responsáveis por mais da metade dos postos de trabalho do mês
(35.374), especialmente dentro do grupo os serviços de seleção, agenciamento e
locação de mão de obra (24.082).
Se as festas de fim de ano incentivam o aumento do emprego nos últimos meses do
ano, a FecomercioSP também lembra que é comum haver queda no número de novas
vagas formais no setor de serviços em dezembro.
Tabela
1 – Saldo de vagas formais do comércio no Estado de São Paulo (outubro/2020)
Tabela 2 – Saldo de vagas formais no setor de serviços no Estado de SP (outubro/2020)
O setor de serviços vive situação parecida: apesar de ter criado mais de 104 mil empregos formais entre agosto e outubro, o segmento registra retração de 86.606 vagas no acumulado dos dez meses do ano, o que representa uma queda de 1,4% em relação ao estoque de vínculos.
Serviços puxam resultados na capital
Os dados do Estado de São Paulo se refletem na capital, onde a geração de 36.068 novas vagas nos dois setores em outubro foi puxada muito por causa da demanda do varejo e pelas atividades administrativas, no caso dos serviços.
Entre os comerciantes paulistanos, quase a totalidade dos 7.905 novos postos celetistas abertos no mês vieram do varejo (5.772). O resultado representa um aumento de 0,98% na empregabilidade do comércio da cidade em relação ao estoque de vínculos.
No ano, porém, o setor já perdeu 47.232 empregos formais, principalmente pelo retrocesso no varejo (-34.367).
Já os serviços tiveram resultado mais expressivo na geração de vagas celetistas em outubro na cidade: 28.163 novos empregos, dos quais 19.225 vieram das atividades administrativas. O número representou uma alta de 1,05% na empregabilidade do setor na metrópole paulista.
No ano, as 51.894 vagas a menos só no setor de alimentação puxam para baixo o resultado acumulado, que, atualmente, é de 64.478 postos formais fechados na cidade.
Nota metodológica
A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo – (PESP) passou por uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), do Ministério da Economia, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.
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