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sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Apenas 28% das pessoas no Brasil estão satisfeitas com infraestrutura do país, mostra Ipsos

Grau de contentamento do brasileiro fica muito aquém da média das 27 nações avaliadas pelo estudo, que é de 43%


Menos de três em cada dez habitantes do Brasil estão satisfeitos com a infraestrutura nacional. É o que mostra a pesquisa Global Infrastructure Index, realizada anualmente pela Ipsos com entrevistados de 27 países - sendo mil brasileiros. Enquanto 28% expressaram muita ou razoável satisfação, 23% declararam-se indiferentes e 48% disseram estar razoavelmente ou muito insatisfeitos. Por infraestrutura, entendeu-se, no estudo, coisas nas quais as pessoas confiam, como redes rodoviárias, ferroviárias e aéreas, utilidades como energia e água, banda larga e outras comunicações.

Os chineses foram os respondentes que demonstraram maior contentamento com a infraestrutura de sua nação (90%). Em segundo lugar no ranking ficou a Arábia Saudita (80%) e, em terceiro, a Holanda (77%). Por outro lado, Itália (17%), Peru (18%) e Hungria (21%) são os menos satisfeitos. A média global, levando em conta os 27 países avaliados, ficou em 43%. Em 2019, era de 37%.

Para os brasileiros, os problemas infraestruturais decorrem de uma falha na administração da nação. 75% dos respondentes concordaram com a frase: Como país, não fazemos o bastante para suprir nossas necessidades de infraestrutura. Apenas Peru e África do Sul, ambos com 80%, expressaram maior desagrado do que o Brasil nesta questão.


Estabelecendo prioridades

O estudo apresentou 14 tipos de infraestrutura e pediu que os participantes selecionassem quais achavam que deveria ser prioridade de investimento em seu país. Segundo 64% dos entrevistados brasileiros, o foco principal dos investimentos locais deveria ser o “abastecimento de água e saneamento”. “Nova oferta de moradias” ficou na segunda posição, citada por 52%. Em terceiro, com 51%, está “soluções contra enchentes”. Fecham o top 5 “infraestrutura para energia solar” (43%) e “rodovias/malha rodoviária” e “infraestrutura ferroviária – trens/estações” (empatadas com 41%).

Onde quer que sejam alocados os recursos, 81% dos respondentes no Brasil esperam que o governo faça do investimento em infraestrutura uma prioridade ao planejar a recuperação pós Covid-19, 85% concordam que o investimento em infraestrutura é vital para o crescimento econômico futuro do país e 84% acham que investir neste segmento vai auxiliar na criação de novos empregos.


De onde vem o dinheiro?

Obras de infraestrutura custam caro e, muitas vezes, as nações não possuem recursos econômicos suficientes para bancar os investimentos no setor. No caso do Brasil, os respondentes – na maioria - não veem problema em receber auxílio externo para financiar tais gastos. 71% dos brasileiros disseram concordar com investimento estrangeiro em infraestruturas no país se isso significar uma melhoria na qualidade. A média global é de 52%.

Além disso, 73% estão de acordo com o investimento de empresas do setor privado em infraestrutura se isso significar que o Brasil terá aquilo de que precisa. Considerando a média dos 27 países, são 68%.

A pesquisa on-line foi realizada com 19.516 participantes de 27 países entre os dias 24 de julho de 07 de agosto de 2020. Foram entrevistados 1.000 brasileiros. A margem de erro é de 3,5 pontos percentuais.

 



Ipsos

www.ipsos.com/pt-br


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