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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Mortalidade materna bate recorde histórico em São Paulo



Principal metrópole e estado mais poderoso economicamente do Brasil, São Paulo registra importante retrocesso na área da saúde. A mortalidade materna marcou recorde histórico, segundo dados de 2017, do Ministério da Saúde, tornados públicos hoje, no jornal Folha de S. Paulo, pela repórter Claudia Collucci.

Os dados de 2018 ainda não são públicos, pois estão em fase de consolidação. Contudo, os do ano anterior realmente assustam: 60,6 mortes por 100 mil. As principais causas são evitáveis:
- Sucateamento dos hospitais; 
- Diminuição do número de leitos de Obstetrícia; 
- Aumento de taxas de cesárea;
- Rede de atendimento pouco estruturada para atenção à gestação de alto risco; 
- Necessidade qualificação e treinamento continuado das equipes de saúde.

De acordo com a presidente da Associação de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo, SOGESP, Rossana Pulcineli Vieira Francisco, chama a atenção particularmente o fato de as taxas de cesarianas no estado terem saltado de 49% para 59%, entre 2000 e 2015. No período as hemorragias também passaram de 11% para 16%.

Ela considera gravíssimo ainda um estado que já teve a razão de morte materna média de 35, entre 2003 e 2015, retroceder de tal forma, com índices aumentando negativamente ano a ano.

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