Basta a temperatura cair para
que os casos de gripe e resfriado aumentem consideravelmente, assim como a
pneumonia, que durante o inverno pode ocorrer com maior facilidade. Em 2016,
segundo a Secretaria de Estado da Saúde de Minas Gerais, o estado registrou
9.807 mil internações em decorrência de pneumonia e 2.519 mortes.
De acordo com dados do Datasus, o
período de maio a agosto apresenta uma alta dos casos de doenças do aparelho
respiratório. Isso acontece, pois, o clima frio característico da época do ano
vem acompanhado pela propagação de vírus respiratórios, que elevam a incidência
dessas doenças.
Além de diminuir a imunidade, alguns
hábitos comuns no inverno, como manter os locais fechados, aumentam os riscos
de contaminação. “O frio faz com que os cílios das vias aéreas, que
filtram o ar respirado, tenham seu funcionamento comprometido. Outro fator
também é o próprio tempo que fica mais seco. Assim, a pessoa fica mais exposta
aos microrganismos que causam a doença”, explica o Dr. Ângelo Pimenta, clínico
geral do Hospital Felício Rocho.
A pneumonia é uma inflamação aguda
grave dos alvéolos pulmonares, e que pode levar à morte caso não seja tratada a
tempo e da forma correta. Em geral, é consequência de alguma infecção das vias
respiratórias causada por vírus e/ou bactérias.
Os principais sintomas são a tosse
com secreção, dores torácicas, febre alta, calafrios e respiração curta ou
ofegante. O tratamento deve ser prescrito pelo médico, e pode incluir desde
antibióticos até a internação nos quadros mais intensos. “A atenção deve ser
redobrada, principalmente em relação ao grupo de maior risco: idosos, crianças
e pessoas com doença crônicas”, alerta o médico.
Para prevenir, é recomendado não
fumar ou beber exageradamente, alimentar-se bem, praticar atividades físicas
regularmente, lavar corretamente as mãos, e beber bastante líquido, em especial
água e sucos ricos em vitaminas C. Dr. Ângelo Pimenta esclarece que,
diferentemente do que as pessoas acreditam, durante o inverno o corpo humano
perde muito líquido. Além disso, é preciso estar atento quanto a manutenção do
ar condicionado, evitar ambientes fechados e caso os sintomas se prolongarem,
procurar um médico.
A vacina também é uma boa forma de
prevenção. “Para aquelas pessoas de maior risco, é indicado as vacinas contra a
gripe e o pneumococo, principal agente causador da pneumonia”, afirma o médico.
Desde que convenientemente tratadas, as pneumonias não deixam sequelas.
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