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sexta-feira, 28 de junho de 2019

Proibição de canudos plásticos mostra “conscientização” da sociedade, diz especialista do Mackenzie


Para professor Magno Botelho, clamor popular influenciou na elaboração do projeto de lei em São Paulo


A partir da última terça-feira de junho, dia 25, canudos plásticos passam a ser proibidos na cidade de São Paulo, por meio de um projeto de lei sancionado pelo prefeito Bruno Covas, do PSDB.

A medida prevê a proibição de fornecimento do item em estabelecimentos comerciais. O descumprimento da lei, estipulado no texto, pode gerar uma multa de até R$ 8.000.

O canudo é o centro de uma polêmica sem precedentes no Brasil, algo que envolve economia e hábitos de consumo. Segundo o especialista em meio ambiente da Universidade Presbiteriana Mackenzie, Magno Botelho, o projeto de lei mostra um caminho rumo à conscientização.

“O efeito desse banimento possui um valor simbólico maior que o prático, porque simboliza uma mudança de conscientização em uma parcela da sociedade que acabou por se tornar lei. Esse fenômeno não aconteceu quando as sacolinhas plásticas foram banidas, pois a lei foi criada sem antes termos verificado uma conscientização da sociedade”, diz.

Para o professor, o tema também passou a ganhar destaque no momento em que passou a ser amplamente discutido e reivindicado. Para ele, o “banimento dos canudos em SP acabou sendo resultado de um movimento bottom-up, ou seja, quando um clamor da sociedade acaba virando lei”.
“Com as sacolinhas a coisa foi ao contrário, top-down: um grupo de legisladores quis banir as sacolinhas, mas a lei não pegou”, acrescenta.

Ainda que no sentido prático e imediato os canudos não cheguem a representar nem 1% do total de lixo plástico dos oceanos, o banimento significa “uma mudança”, segundo Botelho: “Desperta uma conscientização da sociedade sobre a poluição dos oceanos em geral. E o mais importante é que essas leis sejam aplicadas em cidades litorâneas, onde a possibilidade de o material atingir o mar é muito maior”, encerra.

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