Quais
são as vantagens e desvantagens das três opções de pagamento: dinheiro em
espécie, cartão pré-pago e cartão de crédito
Na correria antes da viagem, muitas vezes o viajante deixa em segundo plano a importante tarefa do planejamento financeiro das despesas no decorrer da estada no exterior. Com a passagem paga e hospedagens ou pacotes reservados, resta decidir como vai se pagar as despesas durante a viagem.
Há três opções principais,
cada qual com vantagens e desvantagens: levar dinheiro em espécie (cash) na
moeda do país de destino ou em dólares norte-americanos e trocar quando chegar;
levar um cartão de viagem pré-pago carregado aqui no Brasil com moeda do país
de destino; ou pagar todas as despesas com cartão de crédito internacional.
De cara, cabe frisar que é
importante ter no bolso algum dinheiro em espécie. Despesas como corridas de
táxi, souvenires e quitutes nos mercados de rua, em geral, só podem ser pagas
em cash.
Uma das vantagens do
dinheiro vivo é exatamente a aceitabilidade. Das pequenas a grandes despesas, tudo
pode ser pago com o dinheiro local. Outra vantagem é o câmbio para compra da
moeda estrangeira aqui no Brasil, que é sempre melhor (mais baixo) do que o
câmbio para carregamento no cartão pré-pagos e pagamento da fatura de cartão de
crédito. A terceira vantagem é que a alíquota do IOF que incide na compra de
moeda estrangeira em espécie é de 1,10%, menor do que as das operações com
cartões.
A grande desvantagem do
dinheiro vivo é o risco. Em caso de roubo, furto ou perda, o viajante não terá
nenhuma forma de reembolso. Há formas de minimizar o risco, com o uso daquelas
pochetes presas na barriga, cofres nos hotéis e a distribuição dos maços de
dinheiro entre os adultos da família ou grupo, mas o fato é que a segurança é
um problema.
Na hora de comprar moeda
estrangeira, certifique-se que a casa de câmbio é credenciada ao Banco Central
e emite recibo de venda, como é o caso das casas que fazem parte da plataforma
BomCâmbio (www.bomcabio.com.br). A plataforma oferece também ao viajante a vantagem de
obter desconto na compra da moeda, já que as casas de câmbio disputam a demanda
do cliente oferecendo taxas mais competitivas.
Cabe também lembrar que o
viajante deve informar na sua declaração de imposto de renda as compras de
moeda estrangeira superiores a US$10 mil. Não é necessário declarar compras
abaixo desse valor.
A grande vantagem dos
cartões é a segurança. Se o viajante perder ou tiver o cartão roubado ou
furtado, ele não tem prejuízo financeiro. É claro que há a dor de cabeça do
cancelamento do cartão e pedido de novo cartão, que pode demorar. No caso do
cartão pré-pago, uma dica é guardar as vias (em geral, o comprar recebe dois
cartões) em locais e com adultos diferentes. Se perder um dos cartões, tem o
outro. No caso do cartão de crédito, é bom levar dois, por exemplo, um Visa e
um Mastercard. Perde um, cancela e usa o outro. Não se esqueça de desbloquear
os cartões para uso nos locais de destino.
Os cartões apresentam
algumas desvantagens. No momento do carregamento (no pré-pago) e pagamento da
fatura (no crédito), há a incidência do IOF de 6,38%. Além disso, as taxas de
câmbio para o carregamento dos cartões pré-pagos – em instituições como Banco
Rendimento, Banco Daycoval e Visa Travel Money – e pagamentos das faturas de
cartão de crédito são sempre superiores às praticadas pelas casas de câmbio na
hora da venda de dinheiro em espécie. Ou seja, o viajante vai ter que pagar um
pouco mais para usar cartão na viagem.
A outra desvantagem dos
cartões é a não aceitação para vários tipos de transações. Em geral, as
pequenas transações e as informais são feitas em cash. Mesmo em alguns
estabelecimentos formais em países desenvolvidos, por exemplo, num café de
bairro em Roma, o comerciante pode torcer o nariz para os pagamentos com
cartão.
E qual é o melhor tipo de
cartão? Vai depender do perfil do viajante. Se ele tem disciplina financeira e
reservas no banco, o cartão de crédito é uma boa opção: ele deixa o dinheiro
aplicado, paga a fatura cheia no vencimento e ainda ganha pontos no programa de
fidelidade do cartão. Para a maioria dos viajantes, talvez o melhor seja
economizar o valor necessário para a viagem, carregar o cartão pré-pago e não
ter que se preocupar mais com as contas.
Resumo da ópera, dinheiro
vivo é mais barato e mais prático, mas é arriscado. Os cartões são mais
seguros, mas são mais caros e não são aceitos em todos os lugares. Nossa
sugestão é fazer um mix de dinheiro vivo com pelo menos um dos tipos de cartão.
Por exemplo, estime os gastos na viagem, compre a metade em cash pelo BomCâmbio
e pague o restante com um dos dois tipos de cartão, o que mais se adequar ao
seu perfil. Planejamento feito, agora é esquecer os problemas e aproveitar a
viagem.
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