Jovens precisam ser cobrados na médica certa em seu desempenho escolar (Francine Malessa) |
Baixo
rendimento nos estudos pode ser solucionado com conversa e interesse por parte
dos pais
Vai
ano, vem ano e a preocupação dos pais com o rendimento escolar dos filhos
sempre se renova. A infância é uma época em que diversão e aprendizado precisam
caminhar juntos, e entender o ritmo de cada criança é essencial para que os
familiares não exerçam uma cobrança exagerada. O médico pediatra e associado da
Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Renato Santos Coelho,
explica de que forma abordar os pequenos para tratar do desempenho na escola.
—
O diálogo é por onde tudo começa. Mesmo com as rotinas atribuladas, é preciso
que os pais reservem um tempo para ficarem à disposição dos filhos para ajudar,
ouvir, demonstrar interesse sobre o que estão aprendendo em sala de aula. Deste
modo, fica mais fácil acompanhar possíveis dificuldades que eles estejam
enfrentando — comenta.
O
médico pediatra alerta que a linha entre a exigência excessiva e a falta de
rigor é tênue, e os pais precisam encontrar um equilíbrio.
—
Apenas cobrar resultados, sem acompanhar o processo, passa a impressão de
desvalorizar os feitos da criança e minimizar possíveis percalços do caminho.
Outro ponto, não recomendado, é o de valorizar somente as notas, reduzindo todo
esforço da criança em um número. Tampouco, deixar o pequeno determinando quando
e o que estudar é certo. O ideal é acompanhar de perto, reconhecer o esforço,
as matérias, o crescimento pessoal e o interesse — sintetiza o médico Renato
Santos Coelho.
Por
fim, o médico tranquiliza pais e mães que se preocupam em não passar a mão
excessivamente na cabeça de seus filhos. A frustração e o “não” são educativos
e devem servir de aprendizados para as crianças entenderem e se preparem para a
vida.
Vítor
Figueiró
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