Como já havia sido antecipado na
reunião de Buenos Aires, no final de 2018, a 14ª Reunião de Cúpula do G-20
deverá ter como eixo central a polêmica controvérsia comercial entre Estados
Unidos da América do Norte – EUA e China.
Além desse direcionamento central,
chama a atenção uma reunião, paralela à Cúpula, entre Índia, Rússia e China,
que tratarão de uma cooperação regional para contornar eventuais impactos
financeiros causados pela controvérsia comercial já citada.
Tal encontro não significa
divergência com Brasil e África do Sul – por fazerem parte dos BRICS e não
participarem da reunião – e mais especificamente com o Brasil – por já ter demonstrado
maior ligação com os EUA –, mas, sim, uma maior aproximação com a finalidade de
acordarem uma possível integração econômica para ampliação das relações
comerciais entre esses países.
Com relação aos interesses
brasileiros, há expectativa nos debates sobre a reforma da OMC, que tem como
objetivo um maior equilíbrio no comércio internacional e a redução das tensões
comerciais.
Também deverá ser dada atenção às
questões relacionadas às regras para subsídios industriais e, em caso de haver
progressão nessa discussão, há interesse de se abordar a redução dos subsídios
agrícolas; além das questões climático-ambientais que estão propostas pela
organização da Cúpula.
Francisco Américo Cassano - Doutor em Ciências Sociais com
concentração em Relações Internacionais, Professor Ajunto e Pesquisador do tema
Relações e Negócios Internacionais na Universidade Presbiteriana Mackenzie.
Nenhum comentário:
Postar um comentário