As
glândulas paratireoides, localizadas no pescoço e ao lado da tireoide (daí o
nome), são responsáveis por regular o cálcio e o fósforo no sangue
Apesar do nome bem parecido, paratireoide e tireoide são glândulas que possuem funções bem distintas e podem, em ambos os casos, se houver disfunção, acarretar em problemas para a saúde. A tireoide, que é mais conhecida, pode causar problemas de hipertireoidismo, em que a glândula produz hormônios em excesso, e de hipotireoidismo, devido ao funcionamento lento da glândula. Já a paratireoide, se houver excesso de produção do paratormônio, desenvolve o quadro de hiperparatireoide, resultando em excesso de cálcio no sangue, situação que pode evoluir para Insuficiência Renal Crônica.
Responsável por produzir os hormônios que regulam o cálcio e fósforo no sangue, a paratireoide é constituída por quatro pontos localizados na tireoide (foto abaixo) e que são essenciais para o ótimo funcionamento do organismo.
Para o Dr. Emerson Favero, Cirurgião de Cabeça e Pescoço, um dos pontos favoráveis do quadro de hiperparatireoide em comparação às disfunções da tireoide é que o diagnóstico é favorecido pelos exames laboratoriais de rotina, ou seja, é mais fácil saber pela alta de cálcio no sangue que algo não está bom.
“O diagnóstico do hiperparatireoidismo, que e é o excesso de produção do hormônio paratormônio, pode ser feito inicialmente pelos exames de sangue, já que o excesso de cálcio no sangue desperta a atenção do médico”, afirma o Dr. Emerson Favero. Além disso, alguns sintomas em decorrência da alta produção de cálcio podem se manifestar, como fadiga ou fraqueza, dor nos ossos e nas articulações, depressão, ossos frágeis, cálculo renal, urina em excesso, dor abdominal, esquecimento, náuseas e vômito, sede em excesso e ´perda de apetite, reforça o médico.
O quadro clínico é dividido em primário, quando a doença desenvolve excesso de cálcio no sangue (hipercalcemia) sendo a causa de um funcionamento em excesso de uma ou mais paratireoide e secundário, quando é decorrente da Insuficiência Renal Crônica. “Apesar de diversas semelhanças aos sintomas entre tireoide e paratireoide, no segundo caso os índices de câncer são extremamente raros e baixos.
Por ter uma ação que interfere diretamente no equilíbrio do cálcio, da vitamina D e do fósforo, as alterações na paratireoide são diagnosticadas por avaliação clínica, exame de sangue e de imagem e o tratamento envolve medicamento e cirurgia, em muitos dos casos”, explica o Dr. Emerson Favero.
Esse é mais um caso em que a prevenção com acompanhamento do médico de confiança e com os exames de rotina sempre em dia, é possível um diagnóstico precoce e preciso, que não tenha consequências mais graves e preocupantes ao paciente.
Prof. Dr. Emerson Favero - Membro titular do Colégio Brasileiro de Cirurgiões (TCBC) e Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, onde é membro do comitê de Bioética, é professor de Cirurgia de Cabeça e Pescoço e de Clínica Cirúrgica da Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
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