Estou presenciando ultimamente o
vencimento de contratos de investimentos através do modelo mútuo conversível
entre investidores Anjo e Startups.
O Mútuo Conversível, usado pela
maioria dos investidores Anjo no mercado, nada mais é do que o adiantamento de
capital condicionado a conversão futura da dívida em quotas da Startup, o
investidor não entra diretamente no quadro social da empresa.
O principal objetivo de fato é
afastar obrigações trabalhistas e tributárias do investidor Anjo que em tese
fornece além do dinheiro, mentoria, conexões e know-how, o chamado Smart Money.
Ou seja, o investidor disponibiliza seus recursos por um prazo determinado e,
após esse período, no vencimento do contrato o investidor tem a opção de
converter o valor aportado em uma fatia da Startup ou retirar-se do negócio. E
é exatamente na fase de converter ou não do capital investido que existe o
perigo e o desentendimento desse modelo específico de investimento.
Quando vence o mútuo que é por
direito um Título Executivo, o investidor Anjo poderia cobrar da Startup o
valor aportado devidamente corrigido, até porque a opção é dele de converter ou
não. Mas e se o negócio fechou ou quebrou? E se a startup não progrediu ou
cresceu? Se a Startup precisa de novas rodadas de investimento? O que fazer?
Pagar o investidor Anjo? O risco não deve ser somente do lado do empreendedor,
o investimento anjo é amplamente divulgado como de RISCO TOTAL.
O perfil do investidor de startups
é buscar aportar uma quantia e esforço de tempo e inteligência para que o
negócio cresça, com a esperança de recuperar o valor investido multiplicado por
x em algum tempo. Além disso, é imprescindível que o investidor se mantenha
protegido de eventuais prejuízos, débitos, obrigações e processos judiciais que
a investida venha a possuir.
Então, quais são as opções que
poderiam ser combinadas antes da assinatura do contrato de mútuo? Quais seriam
as condições e opções para o não pagamento do título após o vencimento com
autorização e entendimento das partes?
1. A Renovação do Mútuo;
2. Se não estiver performando e o
anjo não ver sinais de “turn over”. Simplesmente sair por zero ou por R$ 1,00;
3. Conversão em ações da Startup,
realizar a transformação da Sociedade em uma sociedade por ações;
4.
Possibilidade
de fazer uma secundária para outro Investidor.
Existem sim outras opções,
inclusive outros modelos como, por exemplo, o contrato de participação (Lei
complementar 155), mas cobrar o pagamento do contrato vencido, não deveria ser
uma única alternativa, a não ser em casos de má fé e/ou gestão temerária por
parte do empreendedor ou em caso excepcional e extremado.
Em minha opinião, o contrato de
mútuo é uma improvisação pois a operação real é de investimento e não de
crédito, ou seja, o valor aportado em uma Startup por um Investidor anjo
profissional, jamis deveria ser a título de empréstimo de fato, a não ser se o
investidor não souber o que está fazendo.
Minha dica é:
· Para os Empreendedores:
Se tiver um contrato de mútuo em andamento, cuide de conversar com seus
investidores sobre isso antes do vencimento dele; Se ainda vai fazer um
contrato de mútuo conversível, verifique a possibilidade de deixar as
alternativas ao pagamento do mútuo muito mais detalhadas, antes de assinar
qualquer documento.
·
Para os Investidores:
Se quer remunerar seu dinheiro, mútuo no investimento Anjo, não deve ser
tratado como uma promissória. Se quer renda fixa, melhor deixar seu dinheiro no
banco.
João Kepler Braga - Empreendedor, especialista em startups, e-commerce, marketing
digital, empreendedorismo e vendas, speaker internacional, reconhecido como um
dos conferencistas mais sintonizados com inovação e convergência digital do
Brasil. Kepler foi premiado como um dos maiores incentivadores do
ecossistema empreendedor brasileiro e é associado nas Investidoras Bossa Nova
Investimentos e Seed Participações. Foi, também, vencedor do prêmio Spark
Awards da Microsoft, como investidor anjo do ano.
Eu tenho um contato no Rio de Janeiro que tem empresa em Minas Gerais há mais de 5 anos de extração e venda de areia, cascalho e etc. Ligado à construção.
ResponderExcluirEste contato tem um projeto para comprar um rejeito de minério antigo, porém rico em prata. Já feito análise e deu de 1% a 3% de prata, fora outros minérios como paládio e platina.
Mas, como a construção não anda bem, ele não tem o dinheiro de imediato para dar início ao projeto.
Precisa de R$ 100.000,00 (compra + frete + refino das primeiras 27 toneladas do material)
Ele está prometendo após o refino e venda da prata devolver ao investidor os 100 Mil e a cada novo caminhão com 27 ton em contrato R$ 30.000,00 livre para o investidor.
O processo de cada caminhão vai de 20 a 30 dias até a venda.
No mínimo cada caminhão dará 270 kg de prata.
Tudo feito em contrato e pessoalmente com advogados.
Como garantias, ele oferece 15% da empresa dele em MG.
O investidor poderá acompanhar o refino e a venda.
Sabe de algum possível investidor que poderia se interessar?
WhatsApp: (35) 9.8429-9938
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