Com
grande influência no processo de globalização, a internet se tornou a nova
fronteira da comunicação entre as pessoas. O rápido avanço da tecnologia,
porém, faz com que as crianças tenham contato com smartphones e dispositivos
conectados desde muito cedo. A pesquisa TIC Kids Online Brasil – 2016, mostra
que 69% das crianças e adolescentes entre 9 e 17 anos que têm acesso à internet
a utilizam mais de uma vez por dia. Destas mesmas crianças, 10% delas afirmam
ter acessado a internet pela primeira vez com 6 anos de idade ou menos anos.
Segundo
Camillo Di Jorge, Country Manager da ESET no Brasil e especialista em segurança
cibernética, a proteção das crianças é uma tarefa desafiadora quando se pensa
nos riscos associados ao uso imprudente das tecnologias. “Embora qualquer
usuário, independentemente da idade, possa ser vítima de uma ameaça na rede, os
mais novos são especialmente suscetíveis a riscos que buscam tirar proveito de
sua inocência”, diz o especialista.
Um
relatório da ESET revela que 88% dos pais estão preocupados com o que seus
filhos acessam no ambiente online. No entanto, apenas 34% deles adotam
quaisquer medidas de proteção, como a instalação de uma solução de segurança ou
aplicações de controle parental nos dispositivos.
Embora
não haja uma resposta conclusiva sobre qual idade começar a utilizar a
internet, uma realidade é que as crianças não podem ser isoladas das
tecnologias. Uma solução é autorizar os pequenos a usar os serviços sob a
supervisão adequada dos pais e professores e instalar uma boa solução de
controle parental nos dispositivos aos quais o filho tem acesso.
A
ESET dá alguns conselhos de como orientar as crianças de acordo com as
respectivas faixas etárias.
Idade:
menores de 5 anos
O
que acontece durante essa fase pode ter um enorme impacto sobre eles para o
resto de suas vidas. Além disso, com a incorporação de tecnologia em uma idade
até três anos, é essencial que você esteja um passo à frente para manter seus
filhos seguros.
- Tenha certeza de que seus dispositivos estão protegidos com uma senha, assim, eles não podem se conectar acidentalmente quando você não está por perto.
- Invista em um software de controle parental, uma tecnologia poderosa que se torna um ótimo aliado na gestão de segurança.
- Comece a falar sobre segurança online e estabeleça limites. Por exemplo, ressalte a importância de não falar com estranhos online e limite o uso de dispositivos.
Idade:
de 5 a 9 anos
Entre
os cinco e os nove anos, há uma mudança na maneira como os pais e as crianças
interagem com a tecnologia. Segundo
um estudo da ESET, com a idade já mais avançada e uma maior percepção do
ambiente, alguns pais tendem a apresentar mais de perto a tecnologia aos filhos
deixando-os mais à vontade para navegar.
- Certifique-se de que seus filhos acessem conteúdo apropriado para sua idade (filmes, jogos e até mesmo aplicativos). Para isso, geralmente há versões para crianças de alguns serviços populares, como o YouTube Kids ou o motor de busca Bunis, alternativa ao Google.
- Se eles tiverem seu próprio dispositivo, verifique se há limites para o que eles podem fazer com ele ou com os sites aos quais eles podem acessar. Novamente, uma ferramenta de controle parental pode auxiliar nesse momento.
Idade:
acima dos 10 anos
A
TIC Kids Online Brasil estima que 86% das crianças e adolescentes possuem
perfil em alguma rede social.
Embora
muitos dos sites de interação social possuam limite de idade mínimo de 13 anos
para utilização do serviço, na maioria deles, caso a criança afirme no cadastro
ter uma idade maior, não é possível contestar a veracidade da informação. Por isso:
- Converse com seus filhos sobre exposição de informações e os riscos das interações em redes sociais com estranhos.
- Explique os perigos de compartilhar publicamente locais, fotos pessoais e informações familiares ou colegas de escola.
No
geral, Di Jorge afirma que a tarefa dos pais é orientar as crianças para que
elas desfrutem da tecnologia de maneira responsável e segura e entendam os
riscos de navegar na internet. “Outra maneira de conversar, é transmitir a
ideia de que existem pessoas mal-intencionadas no mundo digital, mas sem que
haja uma proibição do uso das ferramentas digitais”, conclui o especialista.
Para
saber mais sobre o tema, a ESET tem um Guia de segurança informática para
pais e um site totalmente voltado aos que querem se aprofundar em
relação aos riscos na internet, o Digipais.
WeLiveSecurity - https://www.welivesecurity.com/br/
ESET
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