Quedas,
intoxicações e queimaduras lideram atendimentos no pronto-socorro
Para que as férias das
crianças não virem o pesadelo dos adultos, os pais precisam se atentar a alguns
cuidados. Segundo a Dra. Maria Inês Nantes, pediatra do Hospital da Criança, da
Rede D’Or São Luiz, os campeões de atendimento no pronto-socorro são as quedas,
seguida pelas intoxicações e queimaduras.
Engana-se quem pensa que a
atenção deve estar nos pequenos que vão à praia, piscina ou fazem alguma
atividade fora de casa: as residências também oferecem muitos perigos.
A pediatra ressalta que,
em qualquer ambiente, a criança de férias precisa de supervisão de uma pessoa
que consiga olhar e entender o que pode trazer perigo. “É necessário preparar o
ambiente ou a criança para que se evitem os acidentes”, explica.
Dentro de casa, os perigos
podem ser divididos em quatro pontos:
1. Janelas e portas: ambas devem estar
sempre protegidas e trancadas. No caso das portas, as chaves não devem ficar
nas fechaduras, pois as crianças podem acessar escadas e locais externos.
2. Intoxicação por produtos de limpeza
ou medicamentos: os pais devem lembrar sempre que os produtos de limpeza e os
medicamentos não devem estar ao alcance das crianças, mas sempre colocados em
locais altos, para que elas não tenham acesso, mesmo se empurrem uma cadeira
com o objetivo de alcançar o local, por exemplo.
3. Queimaduras: deve-se tomar cuidado
com ferro elétrico, com panelas sobre o fogão – de preferência use sempre as
bocas do fundo. O cabo da panela virado para fora do fogão pode ser puxada e o
que está quente vir a cair em cima da criança. Os bebês que ficam na cozinha
podem se desequilibrar e colocar a mão na porta do forno quente.
As toalhas de mesa podem ser puxadas
e derrubarem alimentos quentes. A especialista recomenda que as famílias com
crianças pequenas utilizem jogos americanos para mesa.
4. Quedas: as crianças podem tropeçar e
cair, pois costumam sempre correr e se desequilibram facilmente. A médica
explica que o correto é remover os tapetes nesse período. Além disso, evitar
que elas subam em sofás, cadeiras e outras superfícies.
Já para as crianças que
vão à praia, os cuidados também precisam ser redobrados:
- Cuidados
para a criança não se perder: “o ideal é não perder as crianças de vista e
não deixa-las andar sozinhas na praia, mesmo que por um minuto”, explica a Dra.
Maria Inês.
Em crianças de dois a nove
anos, pode-se optar pela pulseira de identificação, para que seja mais simples
posteriormente localizar os pais.
- Como prevenir
afogamentos: em caso de praias, o cuidado mais
importante é ir a locais sempre com salva-vidas e atentar-se sempre aos avisos.
As boias dão uma falsa
segurança a quem a está usando, caso opte-se por seu uso, a atenção deva ser
redobrada, devido à possibilidade de correntes e ondas que as desloquem para
longe. No caso das piscinas, é importante ressaltar que grande parte das
crianças afogadas estava sob o cuidado dos pais. “Um mero descuido basta para
que ocorra um afogamento”, explica.
- Caso o seu filho goste
de bicicleta, skate, patins: ao andar de bicicleta,
skate ou patins, um dos maiores perigos que há em quedas é a lesão na cabeça. A
maneira mais efetiva de reduzir isto é utilizando capacete. A especialista
recomenda ainda que as crianças usem sapatos fechados e tomem cuidado com os
cadarços folgados ou soltos.
Esses esportes devem
acontecer em locais seguros, como parques, ciclovias e praças, longe do fluxo
de carros. Caso a criança caia e se esfole, lavar o ferimento com agua corrente
e sabão para prevenir infecção local.
Caso a queda leve a uma
suspeita de fratura, mobilizar o mínimo possível o local comprometido e leve a
criança a uma unidade de pronto-atendimento.
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