No ano passado, surgiram mais de 34 mil
novos casos de câncer colorretal no Brasil. De acordo com o Instituto
Nacional do Câncer (INCA), a doença é responsável pela morte de mais de 15
mil brasileiros por ano. Alguns fatores aumentam o risco de desenvolvimento da
doença, como ter mais de 50 anos, história familiar de câncer colorretal,
história pessoal de câncer (já ter tido câncer de ovário, útero ou mama), além
de obesidade e sedentarismo. Também são fatores de risco doenças inflamatórias
do intestino e determinadas doenças hereditárias – devendo-se evitar o consumo
de bebias alcoólicas, carnes processadas e embutidos, principalmente. Vale
dizer que o câncer colorretal pode ser tratado e curado quando identificado
logo no início. Daí a importância cada vez maior do diagnóstico precoce, que
costuma ser realizado através do exame de colonoscopia.
Até bem pouco tempo atrás, a eficácia da
colonoscopia em homens e mulheres de médio risco para câncer colorretal era
desconhecida. Hoje já se sabe que esse exame – que pode ser explicado como uma
‘endoscopia do intestino’ – permite identificar anormalidades no ânus, reto,
cólon sigmoide e porção distal do cólon descendente. Estudos realizados na Universidade
de Pensilvânia (Estados Unidos) mostram que a colonoscopia pode reduzir em
até 70% o risco de câncer colorretal avançado quando indicada a pacientes de
médio risco. De acordo com Edson Ide, médico endoscopista do CDB
Medicina Diagnóstica, em São Paulo, a colonoscopia permite a visibilidade
de todo o intestino grosso, sendo o método de escolha para o diagnóstico e a
prevenção do câncer colorretal avançado, reduzindo drasticamente a taxa de
mortalidade nos pacientes selecionados.
O especialista explica que a colonoscopia
permite o diagnóstico de pólipos, tumores benignos, focos de sangramento,
câncer na fase inicial, além de uma série de doenças benignas como, por
exemplo, a doença inflamatória intestinal. “Esse exame é um meio muito eficaz
de detectar e tratar, removendo tumores benignos com potencial maligno ou mesmo
o câncer em sua fase mais precoce. É realizado por um médico especialista, com
o paciente sedado. Trata-se de um procedimento muito seguro e indolor”.
Ainda de acordo com o INCA, há uma grande
chance de cura quando o câncer colorretal é diagnosticado precocemente – sendo
que a remoção dos pólipos antes que se tornem malignos é de fundamental
importância. Na presença de alguns sintomas, como diarreia, cólicas ou gases
persistentes, presença de sangue ou pus nas fezes, mudança na coloração e
textura das fezes, perda de peso sem razão aparente (principalmente seguida de
cansaço, náuseas e vômitos), é importante procurar orientação médica.
Fonte: Dr. Edson Ide - médico endoscopista do CDB Medicina Diagnóstica – www.cdb.com.br
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