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domingo, 23 de julho de 2017

Saiba como a Doença de Peyronie atinge os homens e como tratá-la



O problema é caracterizado por uma anomalia do pênis, provocando dor, deformidade, dificuldade de erétil e penetração durante o ato sexual, ocorrendo em homens geralmente acima dos 40 anos


No mês em que o homem ganha mais evidência nos meios de comunicação pela prevenção e cuidados com a saúde, ainda pouco se fala sobre a Doença Peyronie, que é uma deformidade na curvatura normal do pênis e pode prejudicar muito a vida sexual do indíviduo. O problema acomete cerca de 10% dos homens, segundo o que informa a literatura médica, porém, a prevalência pode variar de 0,5% a 20,3% na população. No entanto, as taxas podem ser ainda maiores em pacientes que apresentam problemas de disfunção erétil e diabetes.

A SBUSP - Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo recomenda a ida regular do homem ao urologista a partir dos 45 anos para diagnosticar essa e outras doenças, que podem comprometer a saúde e a qualidade de vida. Para elucidar as principais dúvidas sobre essa doença, o prof. Flavio Trigo Rocha, presidente da SBUSP, explica a seguir os principais sintomas, causas, diagnóstico, alternativas de tratamento.


É muito comum encontrar homens com esse problema?

Geralmente em homens acima dos 40 anos, que apresentam o distúrbio no início da curvatura do pênis, acompanhado de dor leve a moderada. Vale lembrar que, no passado, a doença foi considerada rara, mas, atualmente, atinge cerca de 10% da população masculina no Brasil.


Quais são os principais sintomas?

A Doença de Peyronie costuma se manifestar por meio de fibrose no pênis, provocando deformidades no órgão, dor, tortuosidade e diminuição do pênis.  Geralmente, a ereção é ainda firme o suficiente para ter relações sexuais, mas a curvatura do pênis pode impedir a penetração ou fazê-la de forma dificultosa para a paciente. 


Quais são as causas?

Alguns fatores podem influenciar o aparecimento do problema, entre eles, a ocorrência de micro traumas e fraturas no pênis em posição ereta, doenças metabólicas, auto-imunes e fibromatosas, ou seja, quando ocorre uma alteração na anatomia do órgão.


Tem como evitá-la?

Esta é uma doença que não tem caráter hereditário e não apresenta formas de prevenção.


Quais são os impactos para quem sofre esse problema? 

É o de enfrentar dificuldades durante o ato sexual, pois esse problema afeta principalmente a imagem e autoestima do homem, levando a quadros de estresse, isolamento social, constragimentos com a parceira. 


Quais as formas de tratamento?

Na fase aguda (inflamatória) que pode durar de 12 a 18 meses, o paciente é orientado a fazer uso de medicações via oral para tratamento da dor com anti-inflamatórios, analgésicos e drogas para evitar piora da deformidade, mas com um fator de cura pouco eficaz. Na fase crônica, normalmente após fibrose e cicatrização, o tratamento recomendado é o cirúrgico. Embora as terapias cirúrgicas sejam tradicionalmente consideradas o padrão ouro para a correção da curvatura estão associadas à possíveis complicações, como o risco de encurtamento da haste peniana, diminuição da sensibilidade, piora da função erétil e recorrência da curvatura com o tempo. Uma das alternativas, dependendo do caso, é o uso de implante de prótese peniana, sendo recomendado a alguns pacientes. A prótese pode corrigiar a curvatura em quase 70% dos casos.


Como diferenciar a doença de uma curvatura normal?

Existe uma patologia congênita nos meninos, que é a tortuosidade peniana congênita, que não apresenta dor, e está presente desde o nascimento até o crescimento, diferentemente do adulto, que tem o acometimento e percepção em um determinado período de sua vida adulta. Nesse caso, o problema está associado à dor, deformidade e encurtamento peniano.






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